Cidades

Baixaria e falsa acusação de plágio marcam final da campanha na Uncisal

Por Assessoria 24/08/2017 11h55
Baixaria e falsa acusação de plágio marcam final da campanha na Uncisal
Reprodução - Foto: Assessoria

A reta final da disputa para os cargos de reitor e vice-reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) tem sido marcada por baixarias e falsas acusações, inclusive uma falsa e injusta acusação de plágio contra alguns candidatos. 

Nos bastidores da campanha, candidatos utilizam táticas sujas que incluem a divulgação de informações falsas e denúncias à imprensa com caráter meramente eleitoreiro.

O clima de baixaria total ficou mais agudo nesta semana através de uma série de denúncias com fatos distorcidos ou inexistentes, que têm sido enviadas sistematicamente para veículos da imprensa. Tais denúncias, inclusive, utilizam documentos com símbolos oficiais da instituição.

Documentos e jornal manipulado

Um dos materiais enviados à imprensa inclui uma ata de uma reunião ocorrida no dia 2 de agosto de 2016, na sede da universidade, em que professores avaliam a submissão de um projeto de pesquisa com pequenos problemas de referência bibliográfica. 

Na segunda página do documento oficial, que é assinado por seis pesquisadores, há a afirmação de que os problemas técnicos aconteceram sem dolo e sem intenção. Ou seja, ficou provado que não houve plágio. Os problemas encontrados se tratavam de simples equívocos, passíveis de correção.

No entanto, apesar da afirmação e da assinatura dos pesquisadores, o documento que utiliza o símbolo oficial da Uncisal e, portanto, com acesso restrito aos servidores da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep), tem sido utilizado na campanha com uma falsa acusação de plágio contra uma das candidatas.

Só que a candidata acusada injustamente de plágio, além de não ter cometido nada parecido, obteve neste ano reconhecimento da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), fundação vinculada ao Ministério da Educação do Brasil que atua na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu em todos os estados do país.

E mais: como nenhum veículo de comunicação de Alagoas divulgou a falsa acusação de plágio, os integrantes da chapa acusadora teriam “encomendado” a produção de um jornal. O veículo seria impresso e distribuído na sede da Uncisal com a falsa denúncia em destaque. O objetivo seria somente atacar a candidata reconhecida pela excelência em pesquisa pela CAPES.

Punição por notícia falsa

Na última segunda-feira, 21, o Conselho Universitário (Consu) aprovou uma punição formal para a Chapa 2 da campanha à reitoria, por “ato irregular praticado durante a campanha de candidatura a reitor e vice-reitor”, após a divulgação em seu perfil oficial de uma montagem que tentava associar outro concorrente à Operação Correlatos, da Polícia Federal. 

A punição foi formalizada e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira, 22, e é apenas a parte que se tornou pública de uma disputa travada nos bastidores. A publicação com a punição à chapa da baixaria pode ser acessada no link http://bit.ly/2xeyjcr .

Comissão atacada

Paralela a essa tática, os integrantes de uma das chapas que participam na disputa tentam desqualificar o trabalho exercido pela Comissão Eleitoral. O colegiado é formado por servidores efetivos e estudantes da universidade. O debate ganhou um ar político com o pronunciamento de deputados na Assembleia Legislativa.

“É uma pena que as propostas tenham ficado de lado para dar lugar a baixaria. Ninguém sai ganhando com a troca de acusações entre os grupos, que são formados por professores mestres e doutores e, portanto, deveriam dar exemplo ”, afirma uma fonte que não quis se identificar.