Em assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (28), na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), no bairro do Mutange, em Maceió, os profissionais da educação da rede pública de Maceió votaram e decidiram pela suspensão do movimento grevista. Segundo a assesssoria do sindicato, será "mantida a continuidade da luta em defesa da pauta de reivindicações de 2017 da categoria, principalmente o reajuste salarial de 7,64%, índice apresentado pelo MEC para o piso nacional em 12 de janeiro".

No início da assembleia, a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, apresentou os informes gerais à plenária de trabalhadores, informando, inclusive que o sindicato já fez a instância devida junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), solicitando dessa instituição que medie uma “audiência de conciliação” entre Governo do Estado e o Sinteal, passando a informação de que esta audiência pode ser realizada na próxima semana, dependendo somente da definição de data e hora pela direção do Tribunal.

Consuelo fez uma retrospectiva do movimento grevista das últimas setenta e duas horas. Diante da situação que se apresenta pela postura da Prefeitura de Maceió, Consuelo disse que "os trabalhadores de educação precisam somar forças para promover o merecido desgaste político dessa gestão, que, não contente em desvalorizar todas as categorias de trabalhadores e trabalhadoras, impondo um absurdo zero por cento de reajuste salarial, ainda tenta criminalizar a justa luta da educação”.

Já a secretária-adjunta de Formação Sindical, Girlene Lázaro, incentivou a categoria a “não parar a luta”. Ressaltando que existem 139 escolas na rede pública, Girlene falou da importância de debater e escolher a melhor forma de fazer a luta contra o poder e as arbitrariedades do Executivo municipal. A fala do secretário-adjunto de Assuntos Municipais, Edilton Dantas, foi para ressaltar a importância de a educação “ter representantes nossos na política, que possam defender nossos direitos”.

Presente à assembleia, o advogado do Sinteal, Jonas Cavalcante, relatou o que representa a ida do Sinteal ao Tribunal de Justiça, alertando que a realização de uma “audiência de conciliação” é de extrema importância, “para que todos os envolvidos possam apresentar seus motivos através da mediação da Justiça”.

No final, duas propostas foram apresentadas para avaliação e votação da categoria: a primeira de suspensão imediata da greve, mas com a manutenção da luta com atividades pontuais nas escolas, comunidades, sinais de trânsito objetivando o desgaste da gestão pública de Maceió; já a segunda proposta apresentada foi a de manutenção da greve. A categoria votou e deciciu pela suspensão da greve com a continuidade da luta.

Após a decisão da categoria já ficou marcado a realização de um “Dia de Paralisação com Panfletagem”, na próxima quarta-feira (2), com concentração às 8h, na Praça dos Martírios. Ficou acertado também que o Sinteal e a categoria realizarão uma “Vigília de Luta” em frente à sede do Tribunal de Justiça, no Centro de Maceió, tão logo se saiba a data e hora da “audiência de conciliação” solicitada pelo Sinteal.