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Corpo de piloto australiano morto em queda de avião em Alagoas será repatriado para a Austrália

Por Tribuna Hoje com agências 02/10/2025 13h34
Corpo de piloto australiano morto em queda de avião em Alagoas será repatriado para a Austrália
Australiano Timothy James Clark, 46 anos, acumulava experiências que vão de investidor de mineradoras a piloto da Qantas e, supostamente, contratado da SpaceX - Foto: Reprodução

Timothy James Clark, de 46 anos, não será enterrado como indigente. A família do piloto australiano entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML) de Maceió no último dia 26 de setembro, e os trâmites para o traslado do corpo para a Austrália já foram iniciados. A repatriação deve ocorrer nos próximos dias, conforme informaram fontes ligadas ao processo.

Clark morreu no dia 14 de setembro, após a queda de um avião monomotor em um canavial na zona rural de Coruripe, litoral sul de Alagoas. O acidente chamou atenção por envolver uma aeronave registrada na Zâmbia, no sul da África, que transportava mais de 200 quilos de cocaína. O piloto era o único ocupante.

Inicialmente, havia a possibilidade de que o corpo fosse enterrado como indigente, já que não havia registro de familiares no Brasil. No entanto, a família foi informada da morte apenas dois dias após o acidente, após ser contatada por jornalistas do jornal britânico Daily Mail, que buscavam informações para reportagens sobre o caso.

Investigação em andamento


A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) acionou o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), que ficará responsável por apurar as circunstâncias da queda da aeronave e como ocorreu o transporte da droga.

Paralelamente, a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) conduz uma investigação para identificar a origem e o destino da carga de entorpecentes encontrada no avião.

A queda da aeronave levantou suspeitas de que o voo fazia parte de uma rota internacional de tráfico de drogas, utilizando o Brasil como corredor. A participação de organizações criminosas estrangeiras não está descartada pelas autoridades.

Segundo informações preliminares, o processo de repatriação do corpo está sendo feito com o apoio de autoridades consulares australianas e segue os protocolos legais para transporte internacional de restos mortais.