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SP tem cinco mortes em investigação por intoxicação por bebida com metanol e 22 casos suspeitos, diz Tarcísio

Segundo o governador, dos cinco óbitos, um deles está confirmado que foi por metanol e outros quatro estão sob investigação. Todos os cinco casos consumiram bebida alcóolica na capital paulista

Por G1 30/09/2025 13h28 - Atualizado em 30/09/2025 13h36
SP tem cinco mortes em investigação por intoxicação por bebida com metanol e 22 casos suspeitos, diz Tarcísio
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em entrevista coletiva nesta terça-feira (30), ao lado das autoridades da Segurança Pública e da Saúde - Foto: Reprodução/TV Globo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta terça-feira (30) que o estado tem cinco mortes suspeitas de contaminação por bebida "batizada" com metanol sendo investigadas pelas autoridades sanitárias.

➡️Os números diferem do que o governo estadual havia divulgado anteriormente, de que seriam três mortes por consumo de bebidas com metanol. O g1 procurou a Secretaria da Saúde para esclarecer qual é o número oficial de mortes confirmadas e quantas estão sendo investigadas, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.

O governador anunciou ainda que montou um gabinete de crise para enfrentar a situação e determinou a interdição cautelar de todos os estabelecimentos onde as bebidas adulteradas foram consumidas.

Segundo Tarcísio, dos cinco óbitos, a causa de quatro ainda está em investigação e um deles já foi confirmado que foi por metanol. Uma das vítimas é de São Bernardo do Campo, mas consumiu bebida alcoólica na capital paulista.

Ainda de acordo com Tarcísio, até o momento a Secretaria da Saúde contabiliza outros 22 casos. Desses, 17 são suspeitos e estão sob investigação e cinco já estão confirmados, conforme os números abaixo:

1 morte confirmada por metanol;
4 mortes sob investigação;
5 casos de intoxicação por metanol;
17 casos suspeitos de intoxicação por metanol.

👉 Como ocorre o batismo das bebidas: Falsificadores pegam as garrafas de marcas famosas de bebidas alcoólicas, como gin e vodca, e adulteram o conteúdo, acrescentando metanol. Em seguida, o produto é comercializado.

🔎 O metanol é uma substância altamente inflamável, tóxica e de difícil identificação. A ingestão, inalação ou até mesmo o contato prolongado com metanol pode causar náusea, tontura, convulsões, cegueira e até a morte.

Segundo Tarcísio, nos últimos dias, as autoridades apreenderam 50 mil garrafas de bebida com suspeita de adulteração e 15 milhões de selos fraudados.

Há de fato um problema estrutural que não é só do estado de SP, é do Brasil. Temos que pensar como fazer a fiscalização e diminuir a incidência dessas bebidas adulteradas, clandestinas.

— Tarcísio de Freitas, governador de SP

Mais cedo, em Brasília, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou que a Polícia Federal abriu uma investigação para apurar a origem do metanol usado para batizar bebidas alcoólicas no estado de São Paulo.

Segundo ele, é possível que essa rede de distribuição da substância atue também em outros estados.