O projeto Nordeste pela Resiliência Climática chegou ao primeiro ciclo de atuação no Brasil. A parceria da Visão Mundial com o Bureau de Assistência Humanitária (BHA) da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) busca alcançar mais de 50 mil pessoas em dois anos e reduzir avulnerabilidade climática a que muitas comunidades estão expostas.

No último ano, o projeto ofereceu oficinas e treinamentos, ampliando o conhecimento e a prevenção para a redução de riscos a desastres emcomunidades da região. Nesse primeiro ano, 1.172 pessoas estiveram engajadas nas atividades e outras 750 pessoas foram treinadas na Redução de Riscos de Desastres.

Assim, o projeto tem fortalecido a resiliência das comunidades diante das consequências mais severas das mudanças climáticas, principalmente as chuvas intensas, as inundações e os deslizamentos de terra.

“O primeiro ano do projeto trouxe grandes avanços. Mais de 1000 pessoas receberam formações e estão preparadas para salvar vidas, entender quais os sinais que a natureza está mandando e conseguir evitar tantos desastres. A ideia é fortalecer essa participação no segundo ano”, destaca Renata Cavalcanti, diretora de Operações da Visão Mundial.

PAPEL DA MULHER E RELAÇÕES COM A DEFESA SOCIAL FORTALECIDOS

“E o mais lindo foi perceber que as mulheres tomaram a frente, estão liderando vários processos de replicação das informações. Estão sendo referência do tema em suas comunidades. Foi lindo perceber que a juventude quer se engajar com o tema de mitigação de riscos e desastres e que já participaram de alguns momentos do projeto”, seguiu.

“Outro ponto muito importante foi a aproximação e participação da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, uma relação que é fundamental para que as ações sigam fortalecendo as comunidades. E isso é fruto do que estamos plantando no projeto”, finaliza Renata Cavalcanti.

DADOS DO PRIMEIRO ANO DO PROJETO

Dados do primeiro ano do projeto mostram a importância de sua execução nas comunidades do Nordeste. Das 613 pessoas entrevistadas no início do Nordeste pela Resiliência Climática, 361 recebiam bolsa família, ou seja, fazem parte de famílias vulneráveis; 82% são mulheres, o que potencializa essa vulnerabilidade e a importância da atuação do projeto;

Outro dado interessante é que mais da metade dos participantes viviam com até um salário mínimo e tinham filhos; 87% nunca tinham participado de nenhum treinamento sobre redução de riscos de desastres e 66% eram afetados por alagamentos.

CONHEÇA O PROJETO NORDESTE PELA RESILIÊNCIA CLIMÁTICA

O projeto Nordeste pela Resiliência Climática foi lançado no primeiro semestre de 2023 pela Visão Mundial, entidade que atua no Brasil desde 1945, numa parceria com o Bureau de Assistência Humanitária (BHA) da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

A meta do Nordeste pela Resiliência Climática é reduzir os riscos a que as comunidades pobres estão expostas, com o objetivo de ampliar o conhecimento e a prevenção para a redução de riscos a desastres em comunidades no Nordeste. Além de fortalecer a resiliência diante das severas consequências das mudanças climáticas, especificamente chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra.

O projeto atua nos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco para reduzir a perda de vidas, de bens materiais e de meios de subsistência. Para isso, implementa um programa focado na Política e Prática de Redução de Risco a Desastres (DRRPP). Em dois anos, pretende atingir diretamente 52 mil pessoas nos três estados.

Além de contribuir para salvar vidas, o projeto estimula a aproximação do poder público com as comunidades de áreas de risco, viabilizando a promoção de ações contínuas de prevenção sustentável, mesmo após o término do projeto.

Ao todo, 18 municípios estão sendo contemplados com a iniciativa.

Confira as cidades por estados:

Pernambuco: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Olinda, Paulista, Abreu e Lima e Igarassu;

Alagoas: Maceió, Marechal Deodoro e Rio Largo;

Bahia: Porto Seguro, Belmonte, Santa Cruz Cabrália, Eunápolis, Itamaraju, Jucuruçu, Prado e Teixeira de Freitas.Desvendando a Síndrome de Messias no Ministério Pastoral