Brasil

Direção da Anvisa pede proteção policial após sofrer ameaças

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRBT) disse que ameaças sofridas por servidores demonstram o “clima de intolerância”

Por Metrópoles 20/12/2021 11h35
Direção da Anvisa pede proteção policial após sofrer ameaças
Reprodução - Foto: Assessoria
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRBT) disse, na manhã desta segunda-feira (20/12), que as ameaças sofridas por servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) demonstram o “clima de intolerância” vivido por brasileiros. A violência aos diretores da agência começou depois da aprovação da aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.

Questionado pela reportagem do Metrópoles sobre as ameaças que o órgão vem relatando desde a semana passada, Mourão falou que esse clima não faz bem à sociedade.

“Isso aí faz parte daquele clima de intolerância que vem ocorrendo aqui no Brasil. E isso não é bom para sociedade como um todo”, opinou o general. Mourão disse ainda que tem que aguardar para ver o que a ciência e medicina definirão, mas classificou a decisão da Anvisa como “factível”. “Tem que ver o que a ciência e a medicina vão definir, né? A Anvisa considera que é factível. Então, agora vamos aguardar”, disse. Diferentemente do vice, o presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou a decisão dos servidores encarregados de liberar o uso dos imunizantes. Na live da última quinta-feira (16/12), o chefe do Executivo federal pediu o nome das pessoas da Anvisa que aprovaram a vacinação para crianças de 5 a 11 anos.

“A Anvisa não está subordinada a mim – deixar bem claro isso. Não interfiro lá. Eu pedi, extraoficialmente, o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças a partir de 5 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas para que todo mundo tome conhecimento de quem são essas pessoas e, obviamente, formem o seu juízo. […] Você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram a vacinação a partir de 5 anos para o seu filho”, disse o presidente.

Bolsonaro, que tem uma filha de 11 anos com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, disse que ainda vai estudar a nova orientação da Anvisa e ver “qual decisão tomar” sobre Laura.