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Rubens Ewald Filho morre em São Paulo aos 74 anos

Considerado um dos maiores especialistas em cinema, crítico estava internado no Samaritano há quase um mês após sofrer desmaio seguido de queda em escada rolante

Por G1 19/06/2019 23h37
Rubens Ewald Filho morre em São Paulo aos 74 anos
Reprodução - Foto: Assessoria
O jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho morreu nesta quarta-feira (19) em São Paulo aos 74 anos. Considerado um dos maiores especialistas em cinema, Rubens Ewald Filho estava internado estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Samaritano, em Higienópolis, na região Central de São Paulo. Ewald Filho foi internado no dia 23 de maio após sofrer um desmaio seguido de uma queda de escada rolante. Ele passou por um tratamento cardiológico e das fraturas decorrentes da queda, mas não resistiu. O velório será realizado na Praça das Artes, na Avenida São João, na região central de São Paulo. O horário não foi confirmado. Nascido em Santos, Rubens Ewald Filho assistiu a mais de 37 mil filmes. Começou a carreira no jornal “A Tribuna”, de Santos, em 1967. Em mais de 50 anos de carreira, passou por alguns dos maiores veículos de comunicação e emissoras de TV no país. Seu primeiro trabalho como autor de novelas foi “Éramos seis”, adaptação para a TV Tupi do romance homônimo de Maria José Dupré em 1977. Escreveu a novela com Sílvio de Abreu. No ano seguinte, mudou-se para a TV Globo e escreveu “Gina”, outra adaptação de Maria José Dupré. Também é autor de "Drácula, Uma História de Amor", "Iaiá Garcia" e “Casa de Pensão”, entre outras. Como ator, participou dos filmes "Amor Estranho Amor", “A casa das tentações”, "Independência ou Morte", “As gatinhas” e “A herança”. Ele foi grande responsável por popularizar o papel de crítico, ao falar de maneira mais técnica sobre filmes em vários canais da TV. Trabalhou na Globo, SBT, Record e Cultura. Na TV por assinatura, comentou filmes na HBO, Telecine e TNT, sua emissora mais recente. No canal, participava da transmissão das maiores premiações, incluindo o Oscar. Além da crítica, escreveu livros como "Dicionário de cineastas" e atuou como consultor em projetos como o Pólo de Cinema de Paulínia (SP), entre outros. Rubens escreveu os roteiros de "A árvore dos sexos" (1977) e "Elas são do baralho" (1977), filmes dirigidos por Abreu. Todo seu conhecimento sobre cinema Rubens Ewald Filho deixou registrado também em livros como "Dicionário de Cineastas", "Cinema com Rubens Ewald Filho", "Os 100 Maiores Cineastas", "O Oscar e eu" e "Os 100 Melhores Filmes do Século 20".