Brasil
Polícia faz reconstituição do crime de jovem morta após dar carona
Kelly foi morta em trajeto entre São José do Rio Preto (SP) e Itapagipe (MG)
Ele concordou em estar no local com a condição de ter a cabeça coberta por um capuz e também utilizou um colete à prova de balas. A radiologista foi assassinada na noite do dia 1º de novembro durante uma carona marcada por WhatsApp.
Também participaram da ação representantes da Polícia Civil, da Perícia Criminal, do Ministério Público de Minas Gerais e da Secretaria de Administração Prisional (Seap), além de profissionais da imprensa.
De acordo com o delegado da Polícia Civil em Frutal, Bruno Giovanini, está descartada a hipótese de outra pessoa ter participado do crime. Em relação ao suposto estupro, essa possibilidade ainda está sendo investigada, embora o criminoso negue. Pela reconstituição, a polícia concluiu que Kelly foi morta durante o trajeto até o local onde o corpo foi encontrado.
“Desde o momento em que realizamos a prisão nós colhemos provas, e a reconstituição foi necessária para confirmar a linha de investigação. Sobre o estupro, Jonathan se manteve firme em negar, mas a versão dele é só uma parte de um todo e tem vários elementos que contrapõem o que ele diz. Vamos analisar com calma as provas e confirmar se teve ou não o crime sexual”, afirmou Giovanini.
O delegado também informou que foi possível esclarecer a forma como a jovem foi morta.
“Hoje, pela reconstituição, percebemos que ela não morreu por afogamento, ela foi morta antes de o corpo ter sido jogado na água. Ela foi estrangulada no caminho próximo onde ele deixou o corpo. Em relação a outros envolvidos, Jonathan agiu sozinho, os outros dois presos foram somente receptadores [de itens roubados].”
A polícia deve encerrar o inquérito e enviá-lo ao Ministério Público. Jonathan poderá responder pelos crimes de latrocínio e crime sexual caso seja confirmado o abuso, entre outros.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, na reconstituição o investigado contou detalhes sobre as agressões e a morte de Kelly.
Kelly Cristina Cadamuro oferecia caronas por WhatsApp e em grupos do Facebook com frequência (Foto: Reprodução/Facebook)
Entenda o casoA radiologista Kelly Cadamuro foi dada como desaparecida depois que saiu de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG) para encontrar com o namorado, que chegou a alertá-la por mensagem para que ela tivesse cuidado na viagem.
O corpo da jovem foi encontrado em um córrego entre Itapagipe e Frutal, no dia 2 de novembro, sem a calça e com a cabeça mergulhada na água. A declaração de óbito aponta que ela foi vítima de asfixia e estrangulamento.
Jonathan foi preso no mesmo dia em São José do Rio Preto (SP). Outros dois homens foram detidos, suspeitos de comprar peças do veículo roubado da jovem. No dia 3, Jonathan foi agredido por colegas de cela no Presídio de Frutal e precisou ser transferido para uma cela isolada.
Jonathan está preso no presídio de Frutal, no Triângulo Mineiro (Foto: Rádio 97 FM/Pontal Online)Mais lidas
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