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Ivete e outros famosos se manifestam contra decreto que extingue reserva florestal

"Brincando com o nosso patrimônio? Que grande absurdo", afirmou a cantora. Medida prevê liberar exploração mineral em área de floresta.

Por G1 25/08/2017 12h31
Ivete e outros famosos se manifestam contra decreto que extingue reserva florestal
Reprodução - Foto: Assessoria

Ivete Sangalo usou seu Instagram para se manifestar contra o decreto presidencial que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). A área, com mais de 4 milhões de hectares, fica na divisa entre o Sul e Sudoeste do Amapá com o Noroeste do Pará.

“Quanta notícia difícil de aceitar. Brincando com o nosso patrimônio? Que grande absurdo. Tem que ter um basta”, escreveu a cantora.

Com a revogação da reserva, criada em 1984, a floresta, que tem alto potencial para exploração de ouro, poderá ser concedida para a exploração mineral.

A modelo Gisele Bündchen já havia se manifestado contra e decreto através de sua página no Twitter. E as duas não foram as únicas a criticar a decisão do Governo Federal.

Outros famosos usaram a hashtag “Todos pela Amazônia” para mostrar que não estão de acordo com a decisão e iniciaram uma campanha nas redes sociais. A cantora Elba Ramalho e os atores Igor Rickli e Giovanna Ewbank foram alguns dos que postaram suas críticas contra o decreto.

Derrubada do decreto

Nesta quarta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou um projeto que tem o objetivo de sustar o decreto presidencial que extingue a Renca.

Para isso acontecer, a proposta precisará ser aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.

“Segundo informações da WWF Brasil [...], a extinção da Renca é uma ‘catástrofe anunciada’, que coloca em risco as nove áreas protegidas que estão dentro dos limites da reserva”, argumenta Randolfe na justificativa do seu projeto

O senador também afirma que existem comunidades indígenas no local e diz que cabe ao Congresso Nacional autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais. Para o parlamentar, o decreto é inconstitucional.