Brasil
Ação da PRF em estradas de acesso ao Rio prende 1.572 pessoas
Informação foi dada nesta terça-feira (1º) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim
A operação efetuada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) de reforço à segurança no estado do Rio de Janeiro, desde o último sábado (29), no corredor rodoviário que entra no Brasil via Uruguaiana (RS), Foz do Iguaçu (PR) e Cáceres (MT), com fluxo de mercadorias para o Rio de Janeiro, resultou, até agora, na apreensão de 36 toneladas de maconha, 270 quilos de cocaína, 32 quilos de crack, 76 armas de fogo entre fuzis e pistolas. A informação foi dada nesta terça-feira (1º) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, em entrevista coletiva na sede do Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro.
O ministro enfatizou que para a operação iniciada no último dia 29, a PRF se preparou durante 20 dias em um trabalho de integração e coleta de dados para procedimentos estratégicos. A ação conseguiu recuperar 163 veículos, com 1.572 prisões em fragrante ou em cumprimento de mandado judicial. “São os números objetivos de resultados concretos dessa operação. Sabemos todos que o fundamental é a integração das três máquinas administrativas na troca de experiência, apoio institucional, Forças Armadas”, disse Torquato Jardim.
Segundo o ministro, o esforço do governo federal no apoio ao estado do Rio para o combate à criminalidade tem ênfase em dados e informação “para daí recorrer à operação pontual para que haja resultados objetivos.”
Sigilo
Jardim afirmou que será mantido sigilo sobre onde e quando ocorrerão as ações pontuais, visando garantir o êxito das incursões.
“Estamos ainda na primeira fase. Não sabemos qual é a segunda fase nem quando será”, manifestou. Para o ministro, trata-se de “casamento, um encontro de dados, informações para que possa ser indicado um objetivo factível para então depois, em um terceiro momento, sabermos qual é a força militar hostil necessária para aquele objetivo”. Acrescentou que a troca de informações é permanente e continuará por período indeterminado.
O ministro da Justiça explicou que a PRF está se concentrando nos corredores rodoviários que vêm das fronteiras com países mais próximos (Argentina, Paraguai, Bolívia) e nas rodovias federais que trazem fluxo de mercadorias até o Rio de Janeiro. Informou que há outras destinações, mas a operação está concentrada nas rodovias federais de acesso ao Rio.
O ministro disse que tem sido registrada diminuição de roubo de carga e do tráfico de material ilícito, mas adiantou que a estatística confiável está em processamento. “É preciso mais documentação para que haja estatística mais confiável”, declarou. Avaliou que a inibição da “estratégia” do crime organizado é um desafio. Questionado em relação a possíveis falhas na segurança, Torquato Jardim afirmou que não existem falhas e disse ser impossível cobrir todas as estradas o tempo todo.
A operação de apoio à segurança no estado do Rio terá continuidade até dezembro do ano que vem. “É um programa de 15, 16 meses”, explicou Jardim. Na medida em que as ações de surpresa tiverem sucesso - “o elemento surpresa é fundamental”, disse o ministro, é que poderá ocorrer a segunda fase, que é a melhor segurança.
Jardim deixou claro que a operação essencial é feita pela Polícia Militar e a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro, com apoio tático e operacional das Forças Armadas e da Força Nacional.
Sinergia
O secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Sá, disse que até o momento, a sinergia, a integração, o espírito de coordenação têm sido os melhores possíveis. “É um aprendizado e um aperfeiçoamento constante do legado dos grandes eventos. Verificamos que precisamos fazer ajustes que estão sendo feitos. Há uma demanda de criminalidade para a qual nós temos que estar preparados. A presença do ministro reforça o esforço da união na implementação do Plano Nacional de Segurança Pública, fazendo com que no estado nós possamos de forma unida, União, estado e municípios, enfrentar esse nosso desafio brasileiro que é a violência urbana”. O ministro da Justiça completou que o ajuste das operações é permanente.
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