Brasil

Homem decepa patas de cachorro por ficar incomodado com latidos

Na delegacia, Sandro Pereira de Melo confessou o crime e ainda relatou ter matado outro cachorro a pauladas pelo mesmo motivo

Por Correio Braziliense 30/05/2017 20h47
Homem decepa patas de cachorro por ficar incomodado com latidos
Reprodução - Foto: Assessoria

Incomodado com os latidos de um cachorro, que ficava perto da casa onde mora, um homem cortou as duas patas dianteiras do animal e o deixou sangrar até a morte, na cidade de Iporá, em Goiás. O crime aconteceu em março, mas a polícia só conseguiu localizar o autor nessa segunda-feira (29).

O delegado responsável pela investigação, Ramon Queiroz Rodrigues, contou que o cachorro foi encontrado já sem vida na sede da ONG Associação Vida, que resgata e abriga animais de rua, em 27 de março. Com o auxílio de imagens de câmeras de segurança, a Polícia Civil goiana conseguiu identificar o autor do crime: Sandro Pereira de Melo, que mora ao lado da instituição.

Levado para a delegacia, Sandro confessou ter mutilado o cachorro. Em depoimento, contou ter dado uma paulada no animal, que o deixou desacordado. Em seguida, decepou as duas patas dianteiras com um podão (ferramenta usada para cortar madeira) e o arremessou, ainda com vida, na sede da ONG, onde o animal agonizou até a morte. A justificativa dada pelo acusado foi que os latidos do cão o incomodavam muito.

Segundo o delegado, Sandro não demonstrou nenhum arrependimento durante seu depoimento. Mais do que isso, ele relatou ter matado outro cachorro — este a pauladas — também por conta do barulho. Ainda de acordo com Ramon Queiroz, o crime chocou a pequena cidade, que tem pouco mais de 30 mil habitantes. "Enquanto tem uma ONG que se propõe a cuidar dos animais, tem um vizinho fazendo exatamente o contrário, matando e ainda jogando na própria ONG", lamentou.

Após prestar depoimento, Sandro foi liberado e vai responder em liberdade por mutilação e maus tratos a animais, previsto na Lei Ambiental. A pena para esse crime varia de três meses a um ano de prisão.