Brasil
PF faz operação em 5 estados contra fraude em frigoríficos
Agentes cumprem nesta terça mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em Tocantins, Pará, Maranhão, São Paulo e Pernambuco
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16), em cinco estados e no Distrito Federal, uma operação para desarticular um esquema de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura e empresas do setor agropecuário fiscalizadas pela pasta. As investigações apontam que o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 3 milhões entre 2010 a 2016.
A operação desta terça, batizada de Lucas, não tem relação com a Carne Fraca, que desmontou, em março, um esquema de pagamento de propina a funcionários do ministérios para liberar carne para venda sem passar pela devida fiscalização.
Cerca de 120 policiais federais, segundo a corporação, atuam para cumprir 62 mandados judiciais em Tocantins, Pará, Maranhão, São Paulo, Pernambuco e Brasília. Ainda de acordo com a PF, os agentes cumprem 10 mandados de prisão temporária, 16 de condução coercitiva e 36 de busca e apreensão.
Segundo a TV Globo, todas as empresas que são alvo de mandados cumpridos nesta terça estão localizadas no Tocantins.
Em troca de propina, apurou a TV Globo, servidores do ministério anulavam multas aplicadas às empresas beneficiadas pelo esquema de corrupção ou operavam para atrasar o andamento dos processos.
Mesada
As investigações preliminares da Polícia Federal apontam que a servidora que chefiava a fiscalização do Ministério da Agricultura entre 2010 e 2016 recebia uma espécie de mesada de empresas fiscalizadas para bancar "despesas familiares" dela, do marido e de dois filhos. Até a última atualização desta reportagem, a PF ainda não havia divulgado o nome da servidora suspeita de envolvimento nas irregularidades.
O vínculo da funcionária com o esquema de corrupção foi identificado por meio de quebras de sigilos fiscal e bancário, informou a PF. De acordo com a TV Globo, ela é um dos alvos de mandado de prisão temporária.
Conforme a corporação, apenas na conta pessoal da servidora foi identificada "uma diferença de mais de 200%" do que ela havia declarado em seu imposto de renda.
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