Brasil

Vítima do jogo da Baleia Azul é resgatada de ponte no Recife

Com vários ferimentos nos dois braços, ela confessou estar participando do desafio do jogo da Baleia Azul

Por Diário de Pernambuco 16/05/2017 17h59
Vítima do jogo da Baleia Azul é resgatada de ponte no Recife
Reprodução - Foto: Assessoria

Uma adolescente de 15 anos, moradora do Cabo de Santo Agostinho, foi resgatada do parapeito da Ponte Buarque de Macedo, em Recife, na noite desta segunda-feira. Um homem que passava pelo local a convenceu a não pular. A adolescente apresentava vários ferimentos nos dois braços, indicando que ela possivelmente estaria participando do desafio do jogo da Baleia Azul.Levada para a casa de uma família no bairro de Santo Amaro, ela teria confessado a participação do jogo, motivando a família a acionar o Conselho Tutelar para encaminhar o caso, que foi levado para a Central de Plantões da Capital. Na delegacia, os pais da adolescente foram contactados e prestaram queixa para dar continuidade às investigações. A vítima foi encaminhada para a realização de exames no Instituto de Medicina Legal (IML) e, de acordo com o Conselho Tutelar, vai receber acompanhamento psicológico.Outros casos - Com este, sobe para nove o número de casos de vítimas do jogo da Baleia Azul que estão sendo investigadois pela Polícia Civil em Pernambuco. Na semana passada, a mãe de uma jovem de 19 anos acionou a polícia depois de perceber os ferimentos no corpo da filha.De acordo com o delegado do Cordeiro, Carlos Couto, que investiga o caso, ela estaria na fase final do desafio:"Pelas inúmeras mutilações por todo o corpo, pelas mensagens que estavam no aplicativo dá-se a entender que ela já estaria na parte final o jogo. Em uma das mensagens, o curador pede para ela subir até um telhado possivelmente para se jogar. Seria o caso mais grave dentre os oito que estamos investigando. Mas, possivelmente, esses criminosos devem estar atuando com diversas outras pessoas. Daí a importância dos pais e do ambiente escolar ficar atento", disse o delegado, em entrevista coletiva concedida na sexta-feira passada.As investigações já apontaram como acontecem as conversas com o curador: "Já identificamos que as conversas com o suposto curador se dava pelo messenger, pela rede social Facebook e a partir daí a Polícia Civil, por meio da inteligência, vai tentar identificá-lo", prometeu o delegado.A negativa da vítima em falar sobre o caso, no entanto, é um entrave à investigação: "A jovem foi orientada, está sob constante coação do curador e não mamtém nenhuma espécie de comunicação verbal, nem mesmo com os pais. Do final da manhã de ontem até as 18h nós tentamos extrair alguma informação e nenhuma palavra foi dita, nem por escrito, aconteceram meros acenos de cabeça", detalha Couto, adiantando que a polícia apura se o curador também teria feito ameçadas aos familiares, caso ela se manifestasse.Na ocasião, Couto lembrou que no dia 10 deste mês foi preso na Rússia Philipp Budeikin, de 21 anos, um homem que seria o idealizador do jogo e que teria confessado envolvimento ma morte de 16 garotas. "Ele dizia que estava limpado a sociedade. A gente acredita que essa ideologia está sendo usada por diversos grupos que estão captando a fragilidade dessas pessoas que querem ser inseridas, mas acabam namãe de gente que quer vê-las mal ou mortas", alertou.