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Polícia faz reconstituição da morte da estudante Maria Eduarda nesta quarta

Investigadores já sabem que um dos tiros que atingiu a menina partiu do fuzil usado por um dos PMs durante confronto com traficantes perto da Escola Jornalista Daniel Piza, em Acari.

Por G1 12/04/2017 09h18
Polícia faz reconstituição da morte da estudante Maria Eduarda nesta quarta
Reprodução - Foto: Assessoria

A Divisão de Homícídios (DH) da Polícia Civil faz nesta quarta-feira (12), às 14h, a reconstituição da morte da estudante Maria Eduarda, de 13 anos, na Escola Municipal Jornalista Daniel Piza, em Acari, Zona Norte do Rio. Ela foi baleada no local quando participava de uma aula de educação física no dia 30 de março. Na ocasião, PMs trocaram tiros com suspeitos de tráfico de drogas nos arredores da escola.

Os investigadores já sabem que um dos tiros que atingiu a menina partiu do fuzil usado por um dos PMs, o cabo Fábio de Barros Dias. Os outros fragmentos de balas retirados do corpo de Maria Eduarda eram muito pequenos e não puderam ser comparados com as armas usadas pelos PMs.

Dias e o sargento Davi Gomes Centeno estão presos e são acusados de executar dois traficantes de drogas durante a operação. Os dois já foram indiciados pelo crime, que foi registrado em vídeo.

Os investigadores ainda analisam as circunstâncias em que os disparos foram feitos e não descartam o indiciamento de Fábio por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

Causa da morte

A estudante foi atingida por tiros de cima para baixo, na altura das nádegas, e também de baixo para cima, na coluna cervical. Como ela estava em uma aula de Educação Física, poderia estar em movimento e por isso os tiros a atingiram nesses dois pontos.

Segundo o delegado titular da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, Fábio Cardoso, a reprodução simulada é importante para complementar a apuração de informações sobre o crime. A investigação inclui também exame de balística, previsto para ficar pronto até a próxima semana, além de depoimentos e laudos periciais.

As atividades regulares na Escola Jornalista Daniel Piza só serão retomadas no dia 24. O local foi reaberto na segunda-feira (10) apenas para atendimentos psicológicos para professores e alunos.