Brasil
Justiça rejeita recurso e determina prisão do filho de Pelé
Assim que for expedido mandado, Edinho pode ser preso
Juízes do Tribunal de Justiça rejeitaram os embargos de declaração que foram interpostos pelo advogado de Edinho, Eugênio Malavasi. Além disso, eles determinaram que o mandado de prisão seja expedido, o que deve acontecer entre terça e quarta-feira da semana que vem.
Porém, Malavasi já entrou com um pedido de habeas corpus para evitar a prisão do ex-goleiro. Segundo ele, caso o pedido não seja concedido, Edinho irá se apresentar às autoridades. Ainda segundo o advogado, ele está ciente da decisão do TJ.
Em fevereiro deste ano, o TJ-SP condenou Edinho e reduziu a pena de 33 anos e quatro meses de reclusão para 12 anos e dez meses em regime fechado. O ex-jogador estava esperando o julgamento em liberdade e foi preso no dia 24 de fevereiro na cadeia anexa ao 5º DP de Santos. Ele saiu da cadeia seis dias depois quando a prisão foi suspensa pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antonio Saldanha.
Os outros envolvidos no processo, com situação idêntica a Edinho, também tiveram suas penas reduzidas. Além do filho de Pelé, Clóvis Ribeiro, o "Nai"; Maurício Louzada Ghelardi, o "Soldado"; Nicolau Aun Júnior, o "Véio ou Nick"; e Ronaldo Duarte Barsotti, o "Naldinho", foram condenados pelo mesmo crime. Nai deverá cumprir pena de 15 anos de reclusão. Já Soldado e Nick irão ficar 11 anos e quatro meses na prisão. Os mandados de prisão dos três já foram expedidos. "Naldinho" está sumido e, portanto, é considerado foragido.
O casoA primeira prisão de Edinho aconteceu em 2005. O ex-goleiro foi detido com outras 17 pessoas pela Operação Indra realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho, na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em janeiro de 2006, ele teve a prisão decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem de dinheiro. Edinho obteve o direito de permanecer em liberdade por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em fevereiro, o Ministério Público denunciou o ex-goleiro por lavagem de dinheiro, o que resultou em uma nova prisão, 47 dias após conseguir a liberdade. Depois disso, a Justiça vinha negando com frequência os pedidos de liberdade feitas por Edinho.
No dia 30 de maio de 2014, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Edinho foi preso no dia 7 de julho por não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para permanecer em liberdade até a decisão final da Justiça. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um habeas corpus para liberar seu cliente.
Em novembro do mesmo ano, o ex-goleiro foi detido no Fórum de Praia Grande, após cumprir a medida cautelar que exigia que ele comparecesse mensalmente em juízo e registrasse sua rotina. Edinho foi solto no dia seguinte. A Justiça acatou o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.
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