Brasil
Família de Loalwa Braz aguarda certidão de óbito para retirar corpo
Irmão espera que certidão seja liberada pelo IML nesta segunda-feira (13). Cantora, morta em janeiro em Saquarema, será enterrada no Espírito Santo.
A família de Loalwa Braz informou nesta segunda-feira (13) que aguarda a liberação da certidão de óbito da cantora para retirar o corpo do Instituto Médico Legal (IML) de Araruama, na Região dos Lagos do Rio. Segundo Walter Braz, irmão da cantora, com a certidão, a família dará entrada no atestado de óbito no cartório. Na sexta-feira (10), a Justiça liberou a ordem de sepultamento da cantora de "Chorando se foi", encontrada carbonizada em janeiro em Araruama.
"É muita burocracia. Agora o IML produz uma certidão e, com a certidão, o atestado é feito em cartório. Ela é necessária para o agente funerário fazer o traslado", disse Walter Braz, irmão da cantora. Loalwa será enterrada no Espírito Santo, ao lado da mãe.O irmão da cantora disse que o resultado da identificação, que foi obtido pelo Instituto de Genética Forense, no Rio de Janeiro, saiu no dia 22 de fevereiro, mas só chegou à Saquarema na terça (7), ficando pendente apenas a autorização judicial.
O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Civil e aguarda um posicionamento sobre a reclamação da família da cantora.
Desde o dia do crime, a família da cantora lutava para conseguir a identificação formal pelas autoridades, condição necessária para o traslado do corpo para outro estado.
A demora para a retirada do material genético do corpo de Loalwa ocorreu pela falta de nitrogênio líquido, reagente usado no exame de DNA. A família já havia reclamado da falta do reagente e da dificuldade em liberar o corpo.Morte Loalwa Braz foi assassinada no dia 19 de janeiro. O corpo dela foi encontrado carbonizado no porta-malas do próprio carro, que tinha sido levado por dois assaltantes. Três suspeitos de envolvimento na morte foram presos e autuados pelo crime de latrocínio, cuja pena máxima é de 30 anos.Eles foram levados para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (RJ). Um deles era funcionário na pousada onde Loalwa era dona e morava.O delegado Leonardo Macharet disse que foram levados cerca de R$ 15 mil, louças, discos da cantora e porcelana.
De acordo com o delegado que investiga o caso, Leonardo Macharet, titular da 124ª Delegacia de Polícia, o funcionário da pousada de Loalwa Braz Vieira, onde ela também morava, "não demonstrou nenhum tipo de arrependimento" ao confessar participação na morte. Ainda segundo o delegado, a conduta dele foi "incompatível com a natureza humana".
"Uma pessoa que não demonstrou nenhum tipo de arrependimento pela prática de um crime tão bárbaro. Ele viu que não teria solução, ele não teria como sustentar aquela versão, e isso possibilitou o encerramento do caso", disse o delegado Leonardo Macharet. Segundo o delegado, a motivação do crime foi patrimonial.
Segundo a polícia, o funcionário confessou que Loalwa ainda estava viva quando o carro foi incendiado.
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