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Peritos recolhem partes de corpos em presídio do Rio Grande do Norte

Membros do Instituto Técnico da Polícia realizaram buscas no presídio

Por G1 21/01/2017 17h19
Peritos recolhem partes de corpos em presídio do Rio Grande do Norte
Reprodução - Foto: Assessoria

Peritos e necrotomistas do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) recolheram neste sábado (21) na Penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, partes de corpos de presos que podem ter sido assassinados durante as rebeliões no presídio durante a semana. De acordo com a direção da Instituto, partes foram encontradas nos pavilhões 2, 3 e 4.

Neste sábado (21), três equipes de peritos foram acionadas e se deslocaram para Alcaçuz, onde a Polícia Militar realiza uma intervenção. A missão é fazer uma varredura em busca de possíveis corpos.

A busca foi feita em setores onde não há presos. O Itep não informou detalhes sobre os materiais recolhidos.

Um veículo da Companhia de Águas e Esgoto (Caern) foi levado para Alcaçuz para atuar no esvaziamento de uma fossa onde possivelmente presos teriam jogado corpos de rivais assassinados.

Também neste sábado o instituto divulgou que 22 dos 26 corpos retirados de Alcaçuz foram identificados por meio de exame de papiloscopia, com a comparação de impressões digitais. Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.

Os presos cujos corpos foram identificados são:

Jefferson Pedroza Cardozo George Santos de Lima Júnior Willian Anden Santos de Souza Antônio Barbosa do Nascimento Neto Carlos Clayton Paixão da Silva Jonas Victor de Barros Nascimento Marcos Aurélio Costa do Nascimento Anderson Barbalho da Silva Cícero Israel de Santana Marlon Pietro da Silva Nascimento Eduardo dos Reis Jefferson Souza dos Santos Felipe Rene Silva de Oliveira Charmon Chagas da Silva Diego Felipe Pereira da Silva Anderson Mateus Félix dos Santos Luiz Carlos da Costa Tarcísio Bernardino da Silva Francisco Adriano Morais dos Santos Lenilson de Oliveira Melo Silva Diego Melo de Ferreira França Pereira do Nascimento.

A direção do Itep ainda não informou a previsão para identificação dos outros quatro corpos.

Neste sábado, a Polícia Militar entrou na penitenciária por volta das 10h50 (horário de Brasília) para erguer um muro de contêineres. O objetivo é separar presos de duas facções que estão rebelados e se confrontando há oito dias dentro do presídio.

A barreira de contêineres, segundo o governo, é uma medida temporária até que um muro definitivo seja construído dividindo os pavilhões 1, 2 e 3 (ocupados por membros do Sindicato do RN) dos pavilhões 4 e 5 (dominados pelo PCC).

Participam da ação o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Choque (BPChoque) e Grupo de Operações Especiais (GOE). O helicóptero Potiguar 1, aeronave da Secretaria de Segurança Pública, também está sobrevoando Alcaçuz. No início da operação, os policiais chegaram a usar bomba de efeito moral para evitar qualquer reação dos presos.