Brasil
Estudantes protestam contra formatura de aluno da USP acusado de estupro
Aluno de medicina responde pelo estupro de uma estudante
Um grupo de estudantes da Universidade de São Paulo fizeram um protesto na Faculdade de Medicina da USP na manhã desta quarta-feira (9) contra a possível colação de grau do aluno Daniel Tarciso da Silva Cardoso, que responde na Justiça pelo estupro uma estudante de enfermagem. A vítima acusa o aluno de tê-la dopado com uma bebida.
"A gente está esperando conseguir bloquear essa colação até sair esse processo que está tramitando na Justiça", disse Luiza Ribeiro, 30, estudante de Medicina e integrante do coletivo Geni.
Após a abertura do processo, Daniel, de 35 anos que é ex-policial militar, recebeu uma suspensão de 1 ano e meio da faculdade. Após isso, fez provas e concluiu a carga horária necessária do curso. Segundo Luiza, as estudantes souberam através de professores que ele concluiu o curso e está apto para a colação.
O G1 entrou em contato com o advogado do estudante e aguarda retorno.
Em nota, a Faculdade de Medicina da USP informa que "o caso está em análise jurídica pela Universidade de São Paulo para verificar se existe a obrigatoriedade de conceder a colação de grau ao aluno após ele ter cumprido integralmente a suspensão que lhe foi imposta. Vale ressaltar, ainda, que o caso segue na Justiça".
Formado pela USP, o médico Dráuzio Varella publicou em suas redes sociais um protesto contra a formatura de Daniel. "Nós, médicos, temos acesso aos corpos das pessoas, aos corpos dos pacientes. E os pacientes e as pessoas de um modo geral têm que ter confiança de que nós não vamos abusar deles independente de estarem bêbadas, anestesiadas ou drogadas. Eu fui aluno da Universidade de São Paulo e fico muito envergonhado de isso acontecer na faculdade onde aprendi a ser médico".
Para a doutoranda em direito da USP Marina Ganzarolli, que participou do ato, esse é o caso mais emblemático de estupro na faculdade, com a maior "robustez de provas". "Que mensagem a Faculdade de Medicina está passando para a sociedade e a comunidade acadêmica?", questiona.
A concentração começou às 10h em frente à universidade. Após falarem palavras de ordem e estenderem faixas, as manifestantes entraram no prédio, onde continuou o protesto, com jograis e gritos de ordem.
O Ministério Público diz que não pode se pronunciar porque o caso está em andamento.
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