Um país não é figura de retórica nem é algo materializado em cidades, monumentos, natureza por si só. Um país não é a língua que se fala, nem é o povo que o habita com suas características individuais e coletivas. Um país não é o conjunto cultural de seu povo, nem as reminiscências de um passado a que se preita com afeto. Um país não é a política que adota e nem os costumes a que se acostuma. Um país não é a educação do seu povo, a instrução que recebeu ou a que pode passar. Um país não é a construção bélica que pode garantir nem o poder de guerra que acha poder. Um país não é a força pela força, não é a imposição de regras nem é o árbitro do mundo. Um país não é esse conjunto de coisas que podem dizer muito ou não dizer absolutamente nada.

Um país há de criar personalidade em cada situação, em cada ato a que é submetido porque, queiramos ou não, são as pessoas que constroem a personalidade de seus países. E isto se faz de duas maneiras: ou com o tempo que já a imprime ou com a construção nivelada e segura e que se há de construir através do tempo. Vejamos, por exemplo, países que já têm personalidade construída através dos séculos, que têm uma imagem definida, como por exemplo o Reino Unido e outros reinos que são vistos de maneira respeitosa e com um selo conservador de tradição. Se estão certos em seus rumos ou não é outra coisa, mas têm marca e também são respeitados por ela. E como o Reino Unido poderemos citar vários outros dentro das mesmas especificidades. Se estão certos ou não em continuarem com suas marcas definidas é uma outra coisa, mas obtiveram personalidade.

A América Latina, com países menos velhos, não conseguiu construir uma imagem que desse uma definição a cada um deles. Ao contrário, com suas repúblicas imperfeitas, alguns acabaram por ganhar apelidos do tipo “republiqueta da América Latina”, do qual, ainda bem, o Brasil conseguiu escapar. Talvez por ter uma extensão respeitosa, uma formação democrática aparentemente convincente, por, apesar de jovem estar mostrando certa independência cultural e construindo museologicamente um passado apreciável em algumas ações. E é exatamente aí que entramos no âmago deste artigo ao analisarmos o ponto em que nos situamos para criarmos a personalidade do Brasil em termos de país. O que nos falta? Que caminho, como país, podemos trilhar? O que já conquistamos e podemos desenvolver? Do que nos orgulhamos o suficiente para semear esta ou aquela ideia? Já entendemos que a base de tudo é a educação e que sem ela não progrediremos. Então, basicamente deveríamos buscar a excelência neste item para que, no futuro possamos nos orgulhar e servir de exemplo para outros países. Sermos apontados como um dos países com maior e melhor índice educacional pode ser o grande começo da construção da nossa personalidade. Um país com a extensão territorial que temos pode e deve fazer da educação a mola mestra, a coluna vertebral de todo um processo de construção de personalidade sob a égide do fator educacional. Que, sem dúvida regerá todos os segmentos ao passar dos anos. Um país educadamente instruído a instruir sem dúvida alguma é um país que vai pelo caminho certo em busca de parâmetros que o colocarão entre os de maior personalidade no mundo. Porque será por si só um notável criando notáveis e desdobramentos incessantes que o deixarão respeitado pelo resto do planeta. O que estamos propondo é utópico? Claro que não. Mas pode ser se não criarmos a conscientização da educação a passos largos como fator determinante para em mais de século alcancemos parte da meta preconizada.

Agora, pensemos. O que é educação? Somente os bancos escolares? Não, absolutamente não. A educação de família, de berço precisa estar presente e em todos os lares. A educação cívica ensinando cada vez mais o amor à pátria, o apego ao seu país. A educação do labor para que todos entendam o verdadeiro significado do trabalho na construção de uma mentalidade produtiva. O entendimento político-administrativo para que se tenha um país honesto e decente, o que absolutamente não é impossível.

Sonhei. Estou sonhando. Mas sonhar não quer dizer irrealizável. Quem sabe um dia, algumas gerações futuras possam acordar e dizer em alto e bom som: “Somos o Brasil. O país da educação. Um país de personalidade”.

FOTONOTAS

REGIS CAVALCANTE – Conheço Regis há muitos anos, praticamente desde que por aqui aportei, há 28 anos atrás. Uma figura jornalística e política da maior qualidade. Um ser humano dos bons, daqueles que você gosta de ver por perto. Além de tudo, de todo um profissionalismo que faz parte da sua essência, a empatia que o faz conquistar adeptos amigos é realmente marcante. Regis hoje está cuidando de um setor importantíssimo para a economia do estado que é a Agência de Desenvolvimento da Pesca, Aquicultura e Apicultura. Com sua competência, discernimento e vontade de trabalhar, sem dúvida o setor vai crescer em nosso estado. Um abraço, amigo Régis!

CLAUDOMIRO SOUZA – O juiz de Penedo é uma figura ímpar. Mas não quero falar do juiz que todos sabem e conhecem da impecabilidade de seus atos. Quero falar do homem ligado à cultura, à história e dedicado à museologia e tantas outras atividades que mexem com nossas cabeças. Pois é este homem, Claudomiro, que agora senta na cadeira de imortal que foi de um outro grande vulto, Vinícius Maia Nobre, na Academia Alagoana de Letras. Quem tem o prazer de conhecer Claudomiro vai conhecer o Senhor Simpatia, uma outra característica dessa figura fantástica que tenho a honra de colocar aqui.

PARE PRA PENSAR

Nem só de vontade as realizações precisam para serem realidade. Garra, força de vontade, pesquisa e muito estudo.

ALERTAS DO DIA

* Essa questão que está sendo estudada pelo Ministério dos Transportes e que prevê a possibilidade de as pessoas se submeterem ao exame para tirarem carteira de motorista sem necessariamente passarem por escolas e cursos caros, acho perfeita. Afinal, nem sempre era como hoje. Eu mesmo tirei minha carteira e prestei exame em meu carro particular e sem escola alguma. Aprendi com o motorista de meu pai e toquei pra frente. Minha habilitação é de 1957 sem nenhum tipo de problema. O ministro Renan Filho defende a tese e possivelmente ganhe a parada.

* A Braskem, através de seu presidente, declarou que não vai mais se meter em mineração e que não vai mais querer obter sal gema em nenhum outro lugar de Alagoas ou alhures. Vai se dedicar a outras tantas atividades. Ao mesmo tempo declarou que os poços abertos pela empresa e que causaram os afundamentos de solo só estarão plenamente fechados nos próximos dez anos. Mas o que eu queria saber é quando eles vão completar as indenizações devidas ao povo que foi tão sacrificado e ainda está.

* Na próxima semana estarei com parte de minha equipe de comunicação no Congresso Nacional de Comunicação dos Tribunais de Contas que será realizado no Rio de Janeiro. Um assunto que, inclusive, está em alta porque não se vive mais sem uma comunicação eficiente em todos os setores da vida produtiva. O Tribunal de Contas de Alagoas do qual tenho a honra de ser o Diretor de Comunicação não pode fugir à regra e procurar integrar seus membros em um processo cada vez mais moderno na maneira de levar mensagens positivas à população.

* O artesanato alagoano é considerado um dos mais ricos e originais de todo o Brasil. Inclusive em número de ideias, as mais diversas e que fazem a alegria dos turistas em compras. O que é preciso é voltar ao estilo de alguns anos atrás quando levávamos essas peças fantásticas a outros lugares do país dando a oportunidade para que artesãos mostrassem a sua arte em outros rincões divulgando-a e chamando a atenção cultural e, obviamente, comercial também. Exposições e feiras por todo o país não faltam. Estejamos presentes, por favor.

POR AÍ AFORA

# O que será que está acontecendo hoje? Entre mortos e feridos espero que esteja tudo certo. Mas, o doido do Trump estava insistindo em manter o tarifaço de cinquenta por cento nas importações brasileiras. O resultado disto, se mantido ainda é absolutamente imprevisível. Afinal, desde quando temos alguma coisa previsível em se tratando de Trump? O chato disso tudo é a confusão que está sendo feita com imposições do governo americano sobre a soberania nacional brasileira desejando impor medidas de justiça que só cabem ao Brasil.

# Para Gundbert Scherf - cofundador da alemã Helsing, a mais valiosa start-up de defesa da Europa -a invasão da Ucrânia pela Rússia mudou tudo. Scherf teve que lutar muito para atrair investimentos depois de iniciar sua empresa - que produz drones de ataque militar e IA de campo de batalha - há quatro anos. Agora, esse é o menor de seus problemas. "A Europa este ano, pela primeira vez em décadas, está gastando mais na aquisição de tecnologia de defesa do que os EUA", diz Scherf.

# A União Europeia anunciou o 18º pacote de sanções contra a Rússia, que prossegue com a guerra na Ucrânia. O acordo inclui um teto ao preço do petróleo bruto russo, com um valor 15% abaixo do praticado no mercado, medida que também conta com a participação do Reino Unido. As sanções incluem também a proibição total de acesso de bancos russos ao sistema de troca de informações Swift, com o acréscimo de 22 instituições do país à "lista negra".

Amanhã, sábado é dia de “BARTPAPO com Geraldo Câmara”. Na BAND, canal 38.1 aberto; NET CLARO, canais 18 e 518; BRISANETE, canal 14; VIVO, canal 519. Das 9 às 10h da manhã. Assista e inscreva-se também pelo Youtube no canal “Programas do Geraldo Câmara”. Fale conosco pelo [email protected] ou pelo Whats’App 82 99977-4399