Ninguém sabe, ninguém prevê, ninguém imagina a vida como ela é. Pode haver preparo para ela, pode até haver previsão, mas ela é totalmente falha quando vamos verificando que todos os planos podem escorregar pelos dedos e que todas as previsões podem escorrer pelos ralos. Isto não quer dizer que não possamos e não devamos planejar as nossas vidas desde o momento em que o raciocínio em nossas mentes for acelerando os neurônios e trabalhando sensitiva e praticamente o que queremos para nosso futuro sem nunca tirar da cabeça que de nós dependem o esforço, o equilíbrio, a análise do dia a dia que vai formulando o tempo de nossa formação para o mundo e para a própria vida.

O filósofo Sócrates mostrou o auge da filosofia de vida e há tanto tempo atrás quando disse a sua célebre frase “só sei que nada sei”. Uma verdade que se desdobra pelo mundo afora, que ensina a todos que realmente nada sabemos, mas que continuando a querer saber vamos descobrindo as profundezas do conhecimento e de nós próprios. Dizem os estudiosos, sou apenas um curioso, que o autoconhecimento, este sim, é o mais difícil aprendizado da humanidade. Gente há que morre tarde sem ter tido uma ideia do que era, do que foi em termos de gente, de pessoa, de ser humano. Então, defendo a tese de que, paralelamente ao conhecimento que formos adquirindo não deixemos de lado o estudo da nossa própria personalidade que pode ser levada à frente, pode ser mudada ou simplesmente aperfeiçoada. Sabendo, sobretudo que é com ela que vamos partir para a exploração da vida como um todo.

Não existem indivíduos fracassados. Existem os que não tiveram a oportunidade de ter acima de si uma gerência inicial que os levassem a auto didatizar sua personalidade com os ensinamentos adquiridos na infância e, sobremodo, na juventude. Digo gerência, como se educar fosse uma coisa fria, deixando os sentimentos de lado. Não. Os sentimentos precisam existir porque sem eles a razão não floresce. No entanto, também é preciso que se racionalize a vida para que se encontre objetivos colimados no princípio dela. Daí também a importância da busca de vocações que, lamentavelmente os brasileiros pouco adotam. Na escolha de profissões, por exemplo, a maioria se espelha no que conheceu mais de perto e não no que gostaria de fazer. Mas ele só pode saber o que gostaria de fazer se passar por testes vocacionais, muito longe do alcance da maioria de nossos jovens.

Nesse relato que chamo de análise estamos dentro da tese do “a vida como ela é”. Não sabemos na realidade quem somos e o que seremos ou poderemos ser porque vivemos em um país onde a educação e a orientação cultural são relegadas ainda a um plano inconveniente para que possamos nascer e crescer planejadamente buscando em tudo e em todos a solução para uma vida real, feliz, absorvente e que esteja de acordo com os ideais que buscamos. Ideais são sintomáticos, mas não são matemáticos. Não existem fórmulas nem equações que possam definir os nossos ideais. Aliás, isto só poderá acontecer se pudermos seguir aquelas regras básicas de abrir os cérebros para ouvir, para aprender, para avaliar e só então dar autonomia aos nossos neurônios que, aí, sim, estarão prontos para gerar e gerir ideias e ideais compondo o que seria uma vida feliz e vitoriosa.

No Brasil essa realidade está longe de chegar até nós. Por aqui ainda estamos na fase em que os exemplos familiares são os compostos de um modo geral para uma formação, às vezes acertada e em muitas outras absolutamente equivocada. No mais, fiquem certos de que o futuro um dia mostrará que os sistemas precisam e têm que mudar, mas daqui para lá teremos que enfrentar “a vida como ela é” e aprender o “saber viver”.

FOTONOTAS

ELIANE AQUINO – Grande figura do jornalismo, Eliane não precisa de cargos para que se reconheça o seu eterno valor enquanto jornalista de primeira mão. Além do mais soube conquistar espaço no coração de seus pares pela sua competência e simpatia e não pelos cargos que pudessem beneficiá-los. Conhecer um pouco de Eliane é conhecer seu caráter e, sem dúvida é o que basta. Figura absolutamente intocável e respeitada por gregos e troianos em qualquer situação e nos momentos de trabalho e de lazer. Gente fina em todos os sentidos.

ARNALDO PAIVA – Dizem que os escritores estão diminuindo e perdendo a força para o mundo moderno, para as redes sociais e para, agora, a inteligência artificial. O nome está dizendo: Artificial. Não poderá jamais concorrer com a notável “pena” de um Arnaldo que coloca toda a sua linguagem a serviço do leitor. Aquele que sorve cada palavra de seus livros com sofreguidão e prazer. Além do mais, a figura humana de Arnaldo é absolutamente visível para quem o conheça, ainda que pouco. Um privilégio colocá-lo aqui ou em qualquer manifestação que o enalteça.

PARE PRA PENSAR (do meu livro do mesmo nome)

Não desafie ninguém para mostrar sua força. Desafie-se para superá-la.

ALERTAS DO DIA

* E, finalmente terminaram as “Paralimpíadas” de Paris para mostrar ao mundo a nossa força excepcional quando se trata de atletas que precisam desafiar as competições e a própria vida para mostrar para o que chegaram e darem um baile nos seus colegas absolutamente normais. Onde está a solução? Na força de vontade de cada um? No estímulo que cada um recebe? De qualquer forma eles deram exemplos, mostraram resiliência e estão aí a desafiar os chamados normais a melhorarem seus índices, ao mesmo tempo em que mostram aos dirigentes que se quiserem chegam lá.

* Não estou com isso depreciando a atuação dos nossos atletas nas Olimpíadas, de jeito algum. Mas chamando mais uma vez a atenção dos dirigentes de associações, de federações, às autoridades de um modo geral, principalmente às ligadas ao esporte para que entendam que o esporte é saúde, é vitalidade e é representação que nos torna a todos orgulhosos. Daí a necessidade de cada vez mais criarem incentivos para que todos se beneficiem no sentido de saúde mesmo e de competitividade.

* Enquanto isso, em todo o Brasil começaram as “olimpíadas” eleitorais e os “atletas” estão em campo e a gente torcendo para que tudo corra dentro da mais absoluta normalidade, o que, em feitos dessa natureza não se mostrará muito fácil. No entanto, até agora parece que o ritmo está bom e que os “atletas” ainda não estão misturando campo de eleição com “rinha”. É preciso que se mantenha a tranquilidade porque o melhor exercício da democracia, sem dúvida é no campo do voto, da maneira livre de dizer o que ser quer para o país.

* Especificamente em Maceió os principais candidatos estão usando argumentações firmes, mas estão mantendo até agora o regime do respeito mútuo sem baixarias. O que achamos é que deveriam seguir determinadas normas como respeitarem as necessidades que o povo tem do comparecimento aos debates que são sempre uma participação interessante e bilateral para melhor entendimento do eleitor. O fato de estar na frente nas pesquisas não impede o candidato de se mostrar em um debate sério e positivo.

POR AÍ AFORA

# O ex-candidato da oposição presidencial da Venezuela, Edmundo González, partiu para a Espanha após a eleição contestada do país sul-americano, disseram autoridades venezuelanas e espanholas na noite desse sábado (7), após um dia de crescentes tensões diplomáticas. González, de 75 anos, que concorreu contra o presidente Nicolás Maduro em julho, saiu depois de "buscar refúgio voluntariamente na embaixada espanhola em Caracas há vários dias", postou a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, no Instagram.

# O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o comportamento do mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, "deixa a desejar" e defendeu a realização de novas eleições no país vizinho. "Acho que aqui no Brasil, a gente aprendeu a fazer democracia com muito sofrimento. Você veja que, quando o cara é extremista, ele não aceita o resultado das eleições. Eu acho que Maduro deveria falar o seguinte: 'Eu vou provar que sou o preferido do povo', mas ele não faz", afirmou Lula.

# O ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, renunciou ao cargo após as polêmicas sobre o papel de sua ex-amante Maria Rosaria Boccia dentro do governo. Em carta à premiê Giorgia Meloni disse que a decisão é "irrevogável" e prometeu demonstrar sua "absoluta transparência e correção". "Estou orgulhoso dos resultados alcançados nas políticas culturais nestes dois anos no governo. Esse trabalho não pode ser manchado nem interrompido por questões de fofoca", escreveu o agora ex-ministro, que exercia a função desde outubro de 2022.

ATÉ A PRÓXIMA

Amanhã, sábado é dia de “BARTPAPO com Geraldo Câmara”. Na BAND, canal 38.1 aberto; NET CLARO, canais 18 e 518; BRISANETE, canal 14; VIVO, canal 519. Das 9 às 10h da manhã. Assista e inscreva-se também pelo Youtube no canal “Programas do Geraldo Câmara”. Fale conosco pelo [email protected] ou pelo Whats’App 82 99977-4399