Coluna Esplanada
PCC pode estar por trás das queimadas em SP
A Polícia Federal e a Polícia Civil paulista já sabem que o PCC está por trás da maioria das queimadas de matagal e lavouras no interior de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. Seria retaliação da facção ao combate à lavagem de dinheiro no setor de combustíveis promovido pela Segurança do Estado, Ministério Público e autoridades de Brasília. A ANP cassou a licença da formuladora de combustíveis Copape, ligada ao grupo, segundo o MP – e a Justiça tornou réus seus donos. A facção tem mais de mil postos de gasolina no País, comprou também distribuidoras de combustíveis na região de Ribeirão Preto – justamente o foco da maioria das queimadas e onde foram presos em flagrante integrantes do grupo. Tudo é tratado com sigilo pelos policiais, por ora, para que uma grande operação seja feita após o rescaldo. A Polícia Civil do Rio de Janeiro também está em alerta: já sabe que, nos últimos meses, o bando comprou 30 postos de combustíveis na região metropolitana.
Sumiço geral
O tempo seco de Brasília foi o mote para o presidente da Câmara, Arthur Lira, aproveitar a oportunidade e decretar o óbvio: o sumiço dos parlamentares da capital. O recesso branco garante todos em campanha por seus candidatos a prefeito e vereador nos redutos. Resultado: ontem de manhã, em foto flagrante da Coluna, ninguém apareceu na Reunião do Núcleo de Trabalho do PT na Casa.
Corra, deputado!
Rafael Brito, candidato apadrinhado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) à Prefeitura de Maceió, correu para trocar o e-mail da Câmara dos Deputados ([email protected]) informado ao TRE. Evitou, assim, uma tremenda multa da Justiça (Artigo 73 da Lei das Eleições) ou até a cassação da candidatura. “O e-mail foi atualizado e corrigido no Instagram”, diz ele.
Oi, Chanceler
Arthur Lira não está alheio ao debate da crise na Venezuela. Ele entende que a Câmara não pode perder protagonismo, até porque o Palácio e o Itamaraty cedem às determinações do senador Renan Calheiros (MDB-AL) – seu adversário figadal em Alagoas – presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Lira pode chamar Comissão Geral para cercar o chanceler Mauro Vieira a se explicar.
Como vai a saúde?
O Governo do Rio de Janeiro tem o que comemorar na saúde pública. A rede estadual realizou 486 transplantes no 1º semestre pelo RJ Transplantes, central da secretaria. O número de doadores cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado: foram 217 doações de órgãos este ano.
Atenção, moçada
A EMS pretende faturar R$ 200 milhões no 1º ano de venda co novo medicamento para o TDAH – que afeta cerca de 2 milhões de pessoas. O remédio similar da molécula de dimesilato de lisdexanfetamina chegará às farmácias com inédita apresentação em gotas, para facilitar a dosagem. A EMS pegou R$ 500 milhões no BNDES este mês para pesquisar medicamentos contra câncer e diabetes.
Coluna Esplanada
Sobre
A Coluna Esplanada foi lançada em Dezembro de 2011 com o objetivo de levar aos jornais das capitais e do interior as notícias mais relevantes do Legislativo, Judiciário e Executivo, além do Mercado.
Sobre o autor:
Leandro Mazzini, começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos.
Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG.
Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 54 jornais de 25 capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Conta com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo. É também comentarista das rádios ‘Super TUPI’, do Rio, e 'Muriaé' FM. Leandro Mazzini, com Walmor Parente, Carol Purificação e Ariston Camilo.