Coluna Esplanada
Em decreto, Lula ordena inventário e pente fino no projeto Cyclone Space
Nove anos depois de romper o acordo com o Governo da Ucrânia e 19 anos após a criação do projeto Cyclone, só há dias o Governo do Brasil se lembrou do tamanho da conta que ficou para a União. Agora com o pé no chão, depois do foguete que não subiu na Base de Alcântara, o presidente Lula da Silva publicou o Decreto 12.133, dia 7, no qual determina a inventariança dos bens (alguns milionários) e o pente fino nos custos do projeto no Ministério da Ciência e Tecnologia – uma pasta tradicionalmente nas mãos dos aliados PSB e PCdoB. O Decreto aponta a necessidade de “relatórios bimestrais sobre o andamento das atividades”, “proceder ao encerramento dos registros” em todas as esferas públicas e, claro, investigar o que foi pago, a que serviços e se os mesmos foram realizados nos contratos ainda em vigor da Alcântara Cyclone Space.
Oi e tchau
Os deputados General Girão (PL-RN) e Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) foram os únicos que encararam a longa viagem até Kiev – mais de 18 horas de voo e outros 700 km de estrada – com a intenção de se reunirem com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como representantes do Brasil. Mas não foi desta vez. Os ucranianos esperavam uma comitiva brasileira com mais “musculatura” política.
Blindagem
Os senadores Tereza Cristina (PL-MS) e Ciro Nogueira (PP-PI) convidaram a dupla do Itamaraty Mauro Vieira-Celso Amorim a explicar a posição do Brasil com a Venezuela. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Renan Calheiros, deixou passar, mas ele e os governistas entraram em alerta e vão blindar a dupla – se os dois aparecerem.
Greve nessa hora?
Em meio ao tiroteio diplomático entre Brasil e Nicarágua e com o Governo segurando a operação de três embaixadas em Caracas, com a crise da “eleição” de Nicolás Maduro, pela 1ª vez na História os diplomatas sindicalizados do Ministério das Relações Exteriores aprovaram ontem à tarde um indicativo de greve. As categorias rejeitaram reajustes salariais que vão de 7% a 23%.
Correios no pódio
Com o menor patrocínio entre estatais para esporte olímpico, o Correios pode comemorar que o investimento valeu à pena. Rebeca Andrade e equipe trazem de Paris quatro medalhas. O Correios investe R$ 4,5 milhões por ano na Confederação Brasileira de Ginástica. Mixaria perto das centenas de milhões do BB e Caixa em outros esportes.
Márcio & Manoa
O escritor Márcio Souza, que faleceu ontem, instigava o visitante de Manaus a admirar o crepúsculo da floresta para enxergar Manoa, a outra cidade (imaginária) que só se revelava na silhueta do horizonte ao fim do dia. Souza foi um dos maiores escritores brasileiros, autor de “Mad Maria”, “Amazônia” e “Galvez, Imperador do Acre”, entre outros – alguns deles minisséries de sucesso da TV Globo.
Coluna Esplanada
Sobre
A Coluna Esplanada foi lançada em Dezembro de 2011 com o objetivo de levar aos jornais das capitais e do interior as notícias mais relevantes do Legislativo, Judiciário e Executivo, além do Mercado.
Sobre o autor:
Leandro Mazzini, começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos.
Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG.
Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 54 jornais de 25 capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Conta com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo. É também comentarista das rádios ‘Super TUPI’, do Rio, e 'Muriaé' FM. Leandro Mazzini, com Walmor Parente, Carol Purificação e Ariston Camilo.