Coluna Esplanada

Justiça do DF afasta de vez presidente da Cruz Vermelha Brasileira

Coluna Esplanada 15 de julho de 2024
Justiça do DF afasta de vez presidente da Cruz Vermelha Brasileira
Júlio Cals de Andrade, presidente afastado da Cruz Vermelha Brasileira. - Foto: crédito: André Benicio/CVB

A situação de Júlio Cals de Andrade na Cruz Vermelha só piora. Ele teve seguidas derrotas na Justiça – a última semana passada, que determinou o afastamento definitivo da presidência da ONG. Há suspeita de desvios de verbas, de assédio moral, de gastos exorbitantes, de nepotismo – o irmão é diretor de TI, e empregou uma namorada com aumento de salário. Até a investigação, ainda sob sigilo internamente, de uma suástica em um quadro na parede de sua sala está na lista. São dezenas de milhões de reais em questionamento. No Rio Grande do Sul, os representantes da Cruz Internacional lhe evitaram em fotos. A sentença judicial na segunda-feira (8), do TJDFT, confirmou o desdém antecipado dos voluntários: “Determinar a todos os setores do Órgão Central e a todas as afiliadas que se abstenham de atender a determinações do presidente afastado”.

Se cuida, Bolívia


Há algo de estranho no ar do Palácio Quemado, em La Paz. Duas semanas após sofrer tentativa de golpe militar para destituí-lo do cargo, o presidente Luiz Arce estaria articulando com seu comando do Exército (o fiel) decretar Estado de Sítio, diz manchete do jornal “Sol de Pando”. Entendedores do assunto sabem que grandes ditaduras civis que se perpetram nasceram de cenários assim, disfarçados de democracia.

Geller foi, mas ficou


O escândalo do leilão de arroz na Conab só limou do cargo no Ministério da Agricultura o marido, Neri Geller. Ainda desfila pelos arrozais (ops, pelas salas) a esposa Juliana Geller, assessora especial da presidência na companhia, em cargo terceirizado. O presidente da Conab, Edegar Pretto, a segura e alega a aliados que é vaga de confiança.

Bateu ciúme


Caiu a consideração do presidente Lula da Silva por Fernando Haddad – o que ele não vai expor para ninguém. Mas quem desfila entre portas da Av. Faria Lima, o coração financeiro do Brasil, sabe que é pelo ciúme do chefe com a aproximação do ministro da Fazenda com os banqueiros. O Barba, no entanto, não troca Haddad por ninguém.

Volta, gente


Desde a pandemia da Covid-19, a Advocacia-Geral da União está com muitas salas vazias, e a direção baixou norma para obrigar porcentagem mínima de servidores ao trabalho presencial. Mas a grande maioria mantém o “direito adquirido” e quer continuar a trabalhar de casa.

Que Saúde


A ministra da Saúde, Nísia Trindade, não foi demitida (ainda) porque a disputa na base pela vaga prejudicará a governabilidade de Lula III. Outro motivo é que o PT, que controla a pasta, se sente atendido pelo secretário executivo Swedenberger Barbosa, o Berger, ex-secretário de Agnelo Queiroz e nome de José Dirceu na pasta.