Coluna Esplanada

Governo Lula III e sua aversão à GLO

Coluna Esplanada 28 de março de 2024
Governo Lula III e sua aversão à GLO
Presidente Lula da Silva. - Foto: crédito: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A intransponível relação de desconfiança com os militares fez o presidente Lula da Silva e o Governo terem aversão a eventuais decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), dispositivo excepcional para o controle de uma crise na segurança pública. Em 13 meses da gestão Lula III, foi assinado apenas um decreto para GLO em portos e aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro. O emprego de militares das Forças Armadas nos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí e Santos e nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) - para combater o crime organizado -, se encerra no mês de maio e não será renovado. No Governo Lula I, a GLO foi acionada 25 vezes. Na gestão sequente, foram 15 decretos, conforme dados do Ministério da Defesa.

Na cruz

charge por @izanio_charges

Assim como presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a bancada evangélica sacrifica o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O atrito gira em torno da proposta (PEC 5/2023) que amplia a imunidade tributária para templos religiosos. Além de divergências, deputados desconfiam se a articulação de Padilha garantirá os 308 votos necessários para aprovar a PEC.

Bloco estremecido


A disputa à sucessão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em 2025, tende a implodir o atual bloco parlamentar formado pelo MDB com o PSD e o Republicanos. As três legendas estão longe de um consenso e planejam ter candidatos próprios: Antonio Britto (PSD-BA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).

Às turras


A presidente e o vice do PT, Gleisi Hoffmann e Washington Quaquá, respectivamente, só convivem por obrigação institucional (na Câmara e no partido). Vivem às turras e não se suportam. Quaquá não dá a mínima para o que Gleisi fala sobre declarações dele. E Gleisi infla setores mais à esquerda do partido que atuam há meses para destituir o desafeto.

Pessimismo


A pesquisa Retratos da Sociedade, da CNI, revela que os jovens estão menos otimistas em relação à inflação. Quando questionados sobre a expectativa de inflação nos próximos 12 meses, a média nacional aponta que 58% dos entrevistados acreditam que a inflação vai aumentar. Entre os jovens de 16 a 24 anos, esse percentual é maior: 62%.

A sete chaves


Qual o valor dos salários que o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle Bolsonaro recebem do Partido Liberal (PL)? A Coluna questiona a assessoria da legenda há dias, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.