Sérgio Toledo
Mais motos que carro
Em várias cidades brasileiras o número de motos supera a de automóveis.
Você já deve ter viajado para fora do País. Para a Europa, por exemplo. Observou que a quantidade de motos circulando é pequena e os condutores são disciplinados e não cometem as irregularidades que os daqui. Conclusão: educação ajuda em tudo. Os meios de transportes públicos de massa lá fora vão de bons a excelentes e não precisam ser trocados por transporte individual.
Por que tantas motocicletas aqui no Brasil?
Ônibus, VLT, Metrô, Trem, etc., aqui na nossa querida terra não funcionam, ou funcionam precariamente. Horários, números, regularidade, limpeza, segurança, etc., não são o forte dos nossos transportes de massa.
Então as pessoas para trabalhar, se deslocar, usam o transporte individual de motocicletas sem respeitarem as leis básicas de transito e submetem os outros usuários a vexames, quando não a acidentes.
A poluição também deve ser levada em conta pelo crescente número de motos, na sua grande maioria usam combustíveis fósseis, semelhante aos automóveis.
Nas cidades do interior, Brasil a fora, outra grande constatação. A troca do uso do animal (cavalo, burro, boi, charrete, carroça e carro de boi), cada vez mais pelo “cavalo de aço”, motocicletas que não precisam de vacina, não usam capim ou alfafa, não bebem água, não dormem. E ainda com outro agravante, no máximo o condutor usa capacete. O, a carona possui “a cabeça dura” literalmente. Não usam capacete protetor.
A situação não tende a melhorar. Por mais que haja melhora do serviço público de transporte, as indústrias dos motores em duas rodas não vão deixar “a peteca cair”. Vão aumentar a produção e baratear o valor de venda. Poderiam fazer uma “graça”, para a vida dos usuários: ao vender a motocicleta já ter incluso no valor final dois capacetes para proteger o condutor e o carona!
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.