Enio Lins
Uma paulista com alma carioca, alagoana-raiz
Renata Santos, paulista com alma de sambista carioca, recebeu ontem o título de Cidadã Honorária de Alagoas, em solenidade comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Victor, dando seguimento à indicação do deputado Ronaldo Medeiros – justíssimo reconhecimento!
Ela chegou às Alagoas trazida por George Palermo Santoro, carioca com alma de italiano. Ele reforçou o time das finanças públicas estaduais com craques selecionados alhures, seres da melhor qualidade que aqui alagoanizaram-se com a rapidez de quem soma 2+2. Essa equipe tem dado uma contribuição histórica ao erário.
Esse trabalho de planejamento, saneamento, modernização e atuação de grande intensidade na SEFAZ foi um dos principais êxitos do governo Renan Filho e está sendo marca da gestão Paulo Dantas. A cidadania honorária é o mínimo de reconhecimento que o Estado pode conferir a pessoas como Renata e George.
Marca e êxito do trabalho desenvolvido por Renata e George também deve ser considerada a capacidade de interação e valorização dos profissionais do quadro nativo fazendário, refletindo em integração, parceria e divisão do poder administrativo com gestores e gestoras integrantes da SEFAZ desde antes.
Renata Santos desempenha missões espinhosas a sorrir, nunca entesoura o bom-humor. Sabe dar um “não” com a mesma leveza do “sim”, e sabe, sem se desfazer do sorriso, procurar uma solução inovadora e correta para todo e qualquer problema que lhe seja apresentado – é uma mestra no diálogo entre as insituições.
Destaque-se igualmente a passagem de Renata pela Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG), onde dentre outros méritos, conduziu a recuperação da Praça dos Martírios/Floriano Peixoto, espaço de grande importância para o patrimônio histórico e político alagoano – cujo valor é ignorado, ou desdenhado, por muitos.
Em todos os postos ocupados desde que aqui chegou, Renata Santos nunca se descuidou das raízes de Alagoas – mérito que nem toda alma nativa tem. Como gestora na SEFAZ e/ou SEPLAG, jamais se restringiu à aritmética financeira; sempre buscou propósitos históricos, culturais, ambientais, sociais, educacionais para todo investimento público. Por tudo isso, taí uma justíssima homenagem: Renata Santos cidadã alagoana!
HOJE NA HISTÓRIA
19 DE DEZEMBRO DE 1961 – A Índia (então chamada de União Indiana) retoma “manu militari” as possessões portuguesas em Goa, Damão e Diu, ocupações coloniais lusitanas na Ásia desde o século XVI. Portugal estava sob a ditadura nacionalista de António Salazar e tentou manter aquelas possessões, mas não conseguiu resistir às tropas indianas.
Parada decida na bala, que contrapôs os 3.300 militares portugueses lotados na área a 45 mil soldados indianos. A marinha lusitana dispunha de três lanchas e um “barco de aviso” enquanto a Índia mobilizou um porta-aviões, um cruzador, três contratorpedeiros, quatro fragatas e 50 aviões de guerra (caças e bombardeiros).
Depois de apenas dois dias de combates, se deu a óbvia vitória da Índia. Os mortos e feridos em ambos os lados se equivaleram; e 4.668 portugueses, entre militares e civis, foram feitos prisioneiros de guerra. E assim se findou o Estado Português da Índia, depois de 456 anos de ocupação e dominação.
Enio Lins
Sobre
Enio Lins é jornalista profissional, chargista e ilustrador, arquiteto, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Foi presidente do DCE da UFAL, diretor do Sindicato dos Jornalistas, vereador por Maceió, secretário de Cultura de Maceió, secretário de Cultura de Alagoas, secretário de Comunicação de Alagoas, presidente do ITEAL (Rádio e TV Educativas) e coordenador editorial da OAM.