Enio Lins
Nos trilhos, novamente, da cidadania administrativa
Aloizio Mercadante, petista histórico, atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciou – no mês passado – um empréstimo de R$ 2,5 bilhões para a prefeitura de São Paulo.
Qual a novidade disso? O BNDES não tem mesmo a função de investir recursos para o desenvolvimento econômico e social? Empresas brasileiras não tiveram, especialmente entre 2006 e 2016, apoios para obras no país e no Exterior?
Serão esses R$ 2,5 bilhões destinados à renovação da frota paulistana de ônibus, com destaque para a opção de coletivos movidos à eletricidade, que substituirão veículos antigos alimentados à combustíveis fósseis, como o diesel.
Segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, “a cada um real que usaremos para trocar o diesel pelo elétrico, ganharemos dois nos próximos 15 anos, ou seja, teremos um ganho financeiro e um ganho ambiental de saúde e sustentabilidade muito importante."
Qual a novidade nisso? O esforço de substituir os combustíveis de origem fóssil (gasolina, diesel...) por produtos menos poluentes é uma estratégia mundial e, especialmente, têm crescido e se modernizado a opção elétrica.
Novidade mesma é a volta da cidadania, o retorno da civilidade política, o restabelecimento do diálogo entre adversários políticos. Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, é crítico contundente e opositor declarado ao PT e ao presidente Lula.
Esse diálogo entre adversários políticos e concorrentes eleitorais foi banido das relações da presidência da República entre 2019 e 2022, a quadra apodrecida, período no qual quem não se ajoelhasse ao “mito” era alvo de discriminações e perseguições.
Naquele tempo mefistofélico, governadores e prefeitos foram duramente perseguidos no caso de não-submetimento total ao genocida na presidência, conforme todo País testemunhou durante a pandemia de Covid-19.
Até aliados históricos do mito covardaço, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foram vítimas do rancor do ex-capitão quando adotaram posições divergentes e acharam melhor jair combatendo – cientificamente – o Coronavírus.
É uma obrigação, simples gesto de respeito cidadão, aprovar empréstimos para uma cidade ou um Estado. Nada demais nisso. Mas é demais de bom, sim, saber que tais atitudes democráticas estão de volta à administração pública brasileira.
HOJE NA HISTÓRIA
7 DE NOVEMBRO DE 1917 – Finalizada a “Terceira Batalha de Gaza”, com a vitória do Império Britânico sobre o Império Otomano. O Reino Unido, assim, conseguiu romper a linha defensiva otomana entre as cidades palestinas de Gaza e Bersebá.
Na época, toda Palestina fazia parte do Império Otomano a conquista de Gaza definiu o controle do território palestino para os ingleses na fase final da Primeira Guerra Mundial. As forças britânicas, e egípcias, tiveram o comando do general Edmund Allemby.
Duas tentativas anteriores foram travadas em 26 de março e 19 de abril. Para a terceira incursão, recontro iniciado em 1º de novembro, a garantia do fornecimento de água às tropas britânicas foi fator decisivo. No mês seguinte, os britânicos conquistaram Jerusalém. Com o final da I Grande Guerra, em 1918, a Palestina ficou sob controle do Reino Unido.
Enio Lins
Sobre
Enio Lins é jornalista profissional, chargista e ilustrador, arquiteto, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Foi presidente do DCE da UFAL, diretor do Sindicato dos Jornalistas, vereador por Maceió, secretário de Cultura de Maceió, secretário de Cultura de Alagoas, secretário de Comunicação de Alagoas, presidente do ITEAL (Rádio e TV Educativas) e coordenador editorial da OAM.