Enio Lins

Nos trilhos, novamente, da cidadania administrativa

Enio Lins 07 de novembro de 2023

Aloizio Mercadante, petista histórico, atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciou – no mês passado – um empréstimo de R$ 2,5 bilhões para a prefeitura de São Paulo.

Qual a novidade disso? O BNDES não tem mesmo a função de investir recursos para o desenvolvimento econômico e social? Empresas brasileiras não tiveram, especialmente entre 2006 e 2016, apoios para obras no país e no Exterior?

Serão esses R$ 2,5 bilhões destinados à renovação da frota paulistana de ônibus, com destaque para a opção de coletivos movidos à eletricidade, que substituirão veículos antigos alimentados à combustíveis fósseis, como o diesel.

Segundo o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, “a cada um real que usaremos para trocar o diesel pelo elétrico, ganharemos dois nos próximos 15 anos, ou seja, teremos um ganho financeiro e um ganho ambiental de saúde e sustentabilidade muito importante."

Qual a novidade nisso? O esforço de substituir os combustíveis de origem fóssil (gasolina, diesel...) por produtos menos poluentes é uma estratégia mundial e, especialmente, têm crescido e se modernizado a opção elétrica.

Novidade mesma é a volta da cidadania, o retorno da civilidade política, o restabelecimento do diálogo entre adversários políticos. Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, é crítico contundente e opositor declarado ao PT e ao presidente Lula.

Esse diálogo entre adversários políticos e concorrentes eleitorais foi banido das relações da presidência da República entre 2019 e 2022, a quadra apodrecida, período no qual quem não se ajoelhasse ao “mito” era alvo de discriminações e perseguições.

Naquele tempo mefistofélico, governadores e prefeitos foram duramente perseguidos no caso de não-submetimento total ao genocida na presidência, conforme todo País testemunhou durante a pandemia de Covid-19.

Até aliados históricos do mito covardaço, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foram vítimas do rancor do ex-capitão quando adotaram posições divergentes e acharam melhor jair combatendo – cientificamente – o Coronavírus.

É uma obrigação, simples gesto de respeito cidadão, aprovar empréstimos para uma cidade ou um Estado. Nada demais nisso. Mas é demais de bom, sim, saber que tais atitudes democráticas estão de volta à administração pública brasileira.

HOJE NA HISTÓRIA

Trincheiras em Gaza e o General britânico Sir Allemby


7 DE NOVEMBRO DE 1917 – Finalizada a “Terceira Batalha de Gaza”, com a vitória do Império Britânico sobre o Império Otomano. O Reino Unido, assim, conseguiu romper a linha defensiva otomana entre as cidades palestinas de Gaza e Bersebá.

Na época, toda Palestina fazia parte do Império Otomano a conquista de Gaza definiu o controle do território palestino para os ingleses na fase final da Primeira Guerra Mundial. As forças britânicas, e egípcias, tiveram o comando do general Edmund Allemby.

Duas tentativas anteriores foram travadas em 26 de março e 19 de abril. Para a terceira incursão, recontro iniciado em 1º de novembro, a garantia do fornecimento de água às tropas britânicas foi fator decisivo. No mês seguinte, os britânicos conquistaram Jerusalém. Com o final da I Grande Guerra, em 1918, a Palestina ficou sob controle do Reino Unido.