Enio Lins

Um passo à frente: juros têm pequena redução

Enio Lins 04 de agosto de 2023

Enfim, uma luz no túnel lúgubre cavado pelo Bando Central de Bob Fields Neto: a taxa de juros tem sua primeira baixa, e na ordem de 0,5 ponto percentual, quando a expectativa era de 0,25. Por fim, a pressão do presidente Lula surtiu efeito.

Escreveu Míram Leitão, n’O Globo: “O que o Banco Central iniciou ontem foi um ciclo de queda dos juros que vai se estender até o ano que vem. A queda de 0,5 ponto percentual era a previsão minoritária no mercado, mas foi a decisão acertada”.

Prossegue: “todas as condições estão dadas para isso. A mais importante delas é a desinflação que, em um ano, levou o índice de preços dos dois dígitos aos 3%” e alivia com o BC em seguida, acentuando que a pressão política “nada teve a ver com isso”.

Compreende-se a passada de pano. Faz parte da política de menosprezar a correta pressão presidencial sobre a meliante equipe herdada do falso messias, bando que tem tentado garantir a dependência do Banco Central ao sistema “agiotário”.

Voltando ao dito pela colega (a ex-camarada Míriam é, sem dúvida, a mais prestigiada e preparada personalidade sobre economia na grande mídia), o mais importante é o tal “ciclo de queda dos juros” que precisa ser estendido. De verdade.

Obviamente, numa administração genuinamente independente no Banco Central, os juros devem oscilar em função das oscilações financeiras, equilibrando o preço da moeda nacional com as grandes demandas da economia.

Quando necessário, a taxa de juros pode e deve subir. O problema é que a administração passada achou melhor jair amarrando o BC às exigências da agiotagem mais despanaviada, e deixou como herança maldita essa dependência.

Bob Fields Neto, que não herdou o brilhantismo do avô (Bob Fields era entreguista miserável, mas uma sumidade intelectual), merece o cartão vermelho. Deveria ser excluído – sem delongas – das quatro linhas do controle financeiro nacional.

Não sendo possível sua ausência imediata do gramado, deve ser marcado com o rigor, a dureza e a determinação que fizeram nosso zagueiro Didi ser considerado o melhor jogador da copa de 1958. Bob Fields Neto não pode mais fazer gol contra o Brasil.

HOJE NA HISTÓRIA

Anne Frank, na escola em Amsterdã, em 1940


4 de agosto de 1944 – Anne Frank, jovem judia-alemã de 14 anos, é localizada e presa pelos nazistas, juntamente com sua família. No ano seguinte, morre no campo de concentração de Bergen-Belsen. Após a derrota de Hitler, seu diário é descoberto e publicado, e seu tocante relato emociona o mundo.

Fugindo do nazismo, a família Frank migrou da Alemanha para a Holanda, em 1933. Mas, com a invasão dos Países Baixos pelas tropas de Hitler, os judeus passaram a ser perseguidos lá também. Os Frank conseguiram se esconder, por dois anos, num compartimento secreto de prédio comercial em Amsterdã, mas a Gestapo localizou o esconderijo. Anne morreu em data incerta no começo de 1945. Seu pai, Otto Frank, foi o único sobrevivente de toda família.

Otto Frank descobre o diário da filha, caderno salvo por Miep Gies, uma das holandesas que havia ajudado a família. O “Diário de Anne Frank” tem sua primeira edição em 1947 e, traduzido para mais de 70 idiomas, tem sido republicado até hoje. Se estima que mais de 35 milhões de cópias foram impressas desde então.

Leia mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/Anne_Frank