Enio Lins

O Marreco, aquele Irmão Metralha, é um Tio Patinhas?

Enio Lins 19 de julho de 2023

“Serginho Malandro” Moro, um dos maiores exemplos do mau uso da toga, além de péssimo exemplo do uso da língua pátria, corre risco de perder o mandato adquirido nas urnas – por desrespeito às leis eleitorais vigentes.

Desrespeito à Lei parece ser a principal marca da chamada “república de Curitiba” (republiqueta que só deve ser escrita com minúscula e entre aspas), como se percebe facilmente no caso de Deltantan e de outras figuras da mesma escumalha.

Quando um juiz, suspeito de manipular um processo para afastar o candidato presidencial favorito em benefício de outro, aceita um cargo de confiança desse outro, a suspeição acaba e se torna comprovação – simples assim, mas isso nunca foi apurado.

Quando um ministro da Justiça interfere numa investigação policial que poderia incriminar o próprio presidente da República e sua família em um crime de duplo assassinato (da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes) isto significa algo, ou não?

Quando um ex-juiz (sempre suspeito) e ex-ministro da Justiça tenta falsificar o próprio domicílio eleitoral para ser candidato em um Estado onde nunca residiu, mas onde achava que poderia ter mais votos, isso significa algo ou não?

Não poderia dar outra: tudo isso significa que gente desse calibre sempre tentou, tenta e tentará burlar a Lei em benefício próprio; tornaram-se pessoas viciadas, dependentes da química da ilegalidade. É um viver delitoso por essência.

Assim, em se procurando, encontrar-se-á alguma falcatrua em quaisquer procedimentos dessa gentalha. Pois não é que se está encontrando mutretas cometidas pelo ex-juiz suspeito em sua campanha para senador pelo Paraná? Sem surpresas.

Dentre as irregularidades que teriam sido cometidas pela campanha do ex-juiz suspeito, figura a suspeita de abuso do poder econômico, com a distribuição de (declarados) R$ 5,2 milhões quando o limite para a gastança era de R$ 4,4 milhões.

Poxa, não é que o marreco seria um pato, e um Tio Patinhas? Quac! Parece que a festa está prestes a acabar na Disneylândia do Lawfare instalada antanho em Curitiba. Enfim, essa esperança cidadã tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Oremos.

HOJE NA HISTÓRIA

“Botadura do Great Britain em Bristol”, quadro de Joseph Walter



19 DE JULHO DE 1843 – Lançado ao mar o primeiro navio transoceânico com um casco em ferro e um sistema propulsor com uma hélice no mesmo metal, o SS Great Britain. Apesar dos dois potentes motores a vapor, com dois cilindros cada, era equipado com cinco firmes mastros para as tradicionais velas.

Era a maior embarcação de sua época, e diz a Wikipédia, “originalmente projetado para carregar 120 passageiros de 1ª classe (26 dos quais em cabines separadas), 132 passageiros de segunda classe e 120 oficiais da tripulação, mas quando um convés extra foi construído sua capacidade aumentou para 730 passageiros”.

O SS Great Britain fazia o percurso da Inglaterra até os Estados Unidos em apenas 14 dias, um pulo, na época. Sua velocidade era de 11 nós (equivalente a 20 km/h). Trabalhou um bocado até 1886, quando bem estropiado, sofreu um incêndio a bordo. Em 1970 foi transformado num navio-museu e atualmente segue, paradinho, em exposição no britânico Porto de Bristol.

Saiba mais navegando em https://pt.wikipedia.org/wiki/SS_Great_Britain