Sérgio Toledo
Como evitar quedas?
O ser humano tão metido, ao nascer, é o único dos mamíferos que para ficar de pé leva muito tempo. Vide um pet. Nasceu já está andando mesmo com olhos fechados.
O ser humano vai levar até um ano ou mais para andar solto e sem quedas.
Além da parte neurológica temos que esperar os músculos antigravitacionais ou antigravitários, estarem em forma.
Então temos que desde a mais tenra idade, fazer atividade física (todo tipo de movimento produzido pelos músculos) e/ ou exercícios físicos (sequencia sistematizada de movimentos).
Algumas pessoas são mais desastradas que outras. Caem mais. Quedas frequentes pode precisar de uma investigação.
Visão, audição, labirinto, etc. Se não enxerga bem. Se não ouve bem. Se não tem um bom órgão do equilíbrio, lá dentro do ouvido, pode cair, pela tontura.
Fazendo atividade física e exercícios físicos a vida toda as quedas com certeza irão ser evitáveis. Existe um bom equilíbrio e uma boa flexibilidade. Com certeza o ser humano terá força não só nos membros superiores e principalmente nos inferiores.
No que diz respeito aos idosos. Caso sejam ativos e façam suas idas à academia ou suas caminhadas, pilates, natação, pedaladas estáticas ou dinâmicas, as coisas vão correr bem. Agora se ficam em casa no sofá com o controle da Tv em mãos e uma sineta para a auxiliar doméstica. Aí o perigo mora ao lado e robusto.
Alguns cuidados melhoram o ambiente em casa. Nada de fios pelo chão. Nada de degraus. Substituir por rampas com corrimão. Barras de apoio no banheiro. Nada de tapetes. Carpetes também não são bons. Telefone e campainhas. Quem tocou ou chamou pode esperar. Deligou. Ligará outra vez. Durante a noite deixar sempre uma lâmpada ligada na direção do sanitário. Ao sair da cama. Sentar e contar até vinte. Depois pode se erguer.
O profissional de educação física é uma peça importantíssima no esquema. Procure sempre uma orientação de quem entende.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.