Enio Lins
Mais perto da boca, mais perto do coração
Inflação, para o povo, é medida pelos preços dos alimentos: descendo, melhor; subindo, pior; estabilizando, tá bom. Simples assim. E para a felicidade geral do povo brasileiro, os alimentos estão cada dia mais leves ao bolso, desde janeiro.
Segundo divulgado pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os alimentos “têm a menor pressão na inflação em 45 meses em SP”, e como São Paulo é a referência, essa menor pressão tende a se espalhar pelo País.
Na coluna Vaivém das Commodities (Mauro Zafalon, Folha de São Paulo), está dito: “a inflação média em junho ficou praticamente estável no município [de São Paulo], com recuo de 0,03%”. É queda pouca, mas a inflação está dando pra trás.
Tá bom, sim. Não é sorte tal sintoma positivo, é consequência das ações do governo que se assentou no comando do País desde o começo do ano. A novidade é que antes existia um desgoverno aboletado nesse mesmo lugar.
Ter um governo central decidido, com uma linha coerente de atuação, é uma grande vantagem para a economia, queira ou não quem concorde ou faça oposição. As coisas agora têm rumo. E daqui pra frente? Afinal estamos apenas na metade do primeiro ano desta série de quatro.
Nesse cenário que se descortina, o anúncio do Plano Safra 2023/2024 e seus R$ 71,6 bilhões de crédito rural via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) é um holofote na dianteira.
Conforme a mídia registrou, esse aporte é 34% superior ao destinado para a safra passada e é o maior valor já destinado na história brasileira. E “prafrentemente”, como diria Odorico, também tem a nova versão, mais generosa, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Como se vê, existe um planejamento. Existem metas, aportes mais volumosos estão programados, e a infraestrutura está sendo mais bem cuidada, com obras viárias vitais para o fluxo dos produtos rurais sendo retomadas.
Obstáculos é certo que se renovam, tentativas de boicote, acidentes de percurso – tudo isso faz parte do caminho. O diferencial é que, desde 1º de janeiro de 2023, o Brasil sabe para onde quer ir e voltou a construir sua própria rota para o futuro.
HOJE NA HISTÓRIA
7 DE JULHO DE 1898 – O Havaí é anexado pelos Estados Unidos. Até então o arquipélago era uma nação independente, gerida por governos nativos.
Wikipédia: “Antes da chegada dos primeiros europeus, em 1778, os nativos do Havai viviam numa sociedade altamente organizada e autossuficiente, baseada no arrendamento de terras comunais, possuindo um sofisticado idioma, cultura e religião”.
Com o aumento da migração e poder econômico e armado dos americanos naquelas ilhas, a autonomia dos nativos rapidamente foi sendo eliminada. A rainha Lili’oukalani foi a última pessoa havaiana a comandar sua própria nação, sendo deposta em 1894, quando um americano, Sanford Dole, se apossou do poder como “presidente”.
Em 7/7/1898, William McKinley, presidente dos Estados Unidos, emite a Newlands Resolution, estabelecendo unilateralmente o Havaí como território americano. O preconceito racial evitou que, naquele momento, o arquipélago fosse definido como “estado”, pois o Congresso se opôs “à admissão de um estado com maioria não branca”. Em 1900, entretanto, o Havaí se tornou a 50ª estrela na bandeira americana.
Enio Lins
Sobre
Enio Lins é jornalista profissional, chargista e ilustrador, arquiteto, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Foi presidente do DCE da UFAL, diretor do Sindicato dos Jornalistas, vereador por Maceió, secretário de Cultura de Maceió, secretário de Cultura de Alagoas, secretário de Comunicação de Alagoas, presidente do ITEAL (Rádio e TV Educativas) e coordenador editorial da OAM.