Enio Lins

Mais perto da boca, mais perto do coração

Enio Lins 06 de julho de 2023

Inflação, para o povo, é medida pelos preços dos alimentos: descendo, melhor; subindo, pior; estabilizando, tá bom. Simples assim. E para a felicidade geral do povo brasileiro, os alimentos estão cada dia mais leves ao bolso, desde janeiro.

Segundo divulgado pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), os alimentos “têm a menor pressão na inflação em 45 meses em SP”, e como São Paulo é a referência, essa menor pressão tende a se espalhar pelo País.

Na coluna Vaivém das Commodities (Mauro Zafalon, Folha de São Paulo), está dito: “a inflação média em junho ficou praticamente estável no município [de São Paulo], com recuo de 0,03%”. É queda pouca, mas a inflação está dando pra trás.

Tá bom, sim. Não é sorte tal sintoma positivo, é consequência das ações do governo que se assentou no comando do País desde o começo do ano. A novidade é que antes existia um desgoverno aboletado nesse mesmo lugar.

Ter um governo central decidido, com uma linha coerente de atuação, é uma grande vantagem para a economia, queira ou não quem concorde ou faça oposição. As coisas agora têm rumo. E daqui pra frente? Afinal estamos apenas na metade do primeiro ano desta série de quatro.

Nesse cenário que se descortina, o anúncio do Plano Safra 2023/2024 e seus R$ 71,6 bilhões de crédito rural via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) é um holofote na dianteira.

Conforme a mídia registrou, esse aporte é 34% superior ao destinado para a safra passada e é o maior valor já destinado na história brasileira. E “prafrentemente”, como diria Odorico, também tem a nova versão, mais generosa, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Como se vê, existe um planejamento. Existem metas, aportes mais volumosos estão programados, e a infraestrutura está sendo mais bem cuidada, com obras viárias vitais para o fluxo dos produtos rurais sendo retomadas.

Obstáculos é certo que se renovam, tentativas de boicote, acidentes de percurso – tudo isso faz parte do caminho. O diferencial é que, desde 1º de janeiro de 2023, o Brasil sabe para onde quer ir e voltou a construir sua própria rota para o futuro.

HOJE NA HISTÓRIA

O arquipélago do Havaí e a rainha Lili’oukalani, última monarca nativa



7 DE JULHO DE 1898 – O Havaí é anexado pelos Estados Unidos. Até então o arquipélago era uma nação independente, gerida por governos nativos.

Wikipédia: “Antes da chegada dos primeiros europeus, em 1778, os nativos do Havai viviam numa sociedade altamente organizada e autossuficiente, baseada no arrendamento de terras comunais, possuindo um sofisticado idioma, cultura e religião”.

Com o aumento da migração e poder econômico e armado dos americanos naquelas ilhas, a autonomia dos nativos rapidamente foi sendo eliminada. A rainha Lili’oukalani foi a última pessoa havaiana a comandar sua própria nação, sendo deposta em 1894, quando um americano, Sanford Dole, se apossou do poder como “presidente”.

Em 7/7/1898, William McKinley, presidente dos Estados Unidos, emite a Newlands Resolution, estabelecendo unilateralmente o Havaí como território americano. O preconceito racial evitou que, naquele momento, o arquipélago fosse definido como “estado”, pois o Congresso se opôs “à admissão de um estado com maioria não branca”. Em 1900, entretanto, o Havaí se tornou a 50ª estrela na bandeira americana.