Enio Lins

Existem muito mais crimes mitológicos aguardando justiça

Enio Lins 04 de julho de 2023

Reafirmando o escrito aqui antes do histórico dia 30 de junho, a condenação do energúmeno por (um) crime eleitoral (entre os muitos que cometeu) é pouco, mas é um começo. Agora é seguir adiante nessa toada frente aos demais delitos. Existem pencas de crimes a apurar.

Zero-zero é de um furor delituoso irrestrito. Antes e sempre se enraizou junto ao crime organizado urbano e rural (milícias) e à velha corrupção – sim: apesar do blablabá “contra os corruptos”, o falso messias sempre esteve nas siglas verdadeiramente mais mamateiras.

Nunca a mitológica figura procurou formar um partido próprio ou, sequer, se filiar a um partido de oposição. Sempre achou mais lucrativo jair se ligando ao partido governista da hora, como como o PPR de Paulo Maluf, durante o governo FHC, ou o PP nas gestões petistas.

Durante toda a sua carreira, o mito jamais se preocupou com as provas de suas práticas delituosas, pelo contrário – se especializou em produzir provas contra si próprio e se viciou em vê-las atiradas ao lixo, como no caso dos rascunhos terroristas de 1987.

São provas em cascata, cachoeiras. É só ir abrindo os inquéritos que ainda não prescreveram que cada um deles pega velocidade. Todos os crimes do mito e de seus áulicos foram cometidos com o mesmo modus operandi: a crença na impunidade absoluta.

Por exemplo: a quantas anda o inquérito da tentativa de assassinato contra agentes da Polícia Federal, alvejados pelo bolsonarista Bob Jefferson? Reagir à bala às “injustiças do Estado” (por gente de direita) é um “direito” alardeado publicamente, há anos, por Jair Messias.

E os 101 imóveis amealhados em tempo recorde, e destes, 50 com dinheiro vivo? Vai ficar por isso mesmo? Seriam bens adquiridos pelo lucro da fantástica lojinha de chocolates do rebento zero-alguma-coisa? Esse fenômeno milagroso seguirá sem apuração?

Para onde a Dona Justa se mexer encontrará um balaio de crimes com provas bem à vista. A desnecessidade de preocupação da familícia se apoia na crença da inimputabilidade – insisto: em 1987, Zero-zero foi absolvido do planejamento de um ato terrorista...

HOJE NA HISTÓRIA



4 de julho de 1776 – Declarada a independência dos Estados Unidos da América, em resolução adotada pelo Segundo Congresso Continental, reunindo 13 colônias britânicas.

Segundo as cartilhas do marxismo clássico, esta é uma das três revoluções que marcam o início da chamada época contemporânea e/ou o início do capitalismo em sua fase mais avançada, marcando o fim do período colonial moderno.

As outras duas seriam – pela visão marxista – a Revolução Industrial Inglesa (antes, a partir de 1780, segundo Hobsbawm) e a Revolução Francesa (depois, em 1789). O mundo atual se baseia nesses três pilares, segundo essa turma do Karl.

Cinco líderes americanos foram escolhios para escrever a declaração: Thomas Jefferson (autor do primeiro esboço), Benjamin Franklin, John Adams, Robert Sherman e Robert Livingston.

Aí o pau quebrou, pois a Inglaterra não aceitou sem mais nem menos e partiu pra cima das 13. Foram cinco anos de guerra aberta, até que em 19 de outubro de 1871, depois da batalha de Yorktown, o Império Britânico pegou o boné e deu no pé – mas Londres só reconheceu a independência americana em 1783, com o Tratado de Paris.