Enio Lins
Existem muito mais crimes mitológicos aguardando justiça
Reafirmando o escrito aqui antes do histórico dia 30 de junho, a condenação do energúmeno por (um) crime eleitoral (entre os muitos que cometeu) é pouco, mas é um começo. Agora é seguir adiante nessa toada frente aos demais delitos. Existem pencas de crimes a apurar.
Zero-zero é de um furor delituoso irrestrito. Antes e sempre se enraizou junto ao crime organizado urbano e rural (milícias) e à velha corrupção – sim: apesar do blablabá “contra os corruptos”, o falso messias sempre esteve nas siglas verdadeiramente mais mamateiras.
Nunca a mitológica figura procurou formar um partido próprio ou, sequer, se filiar a um partido de oposição. Sempre achou mais lucrativo jair se ligando ao partido governista da hora, como como o PPR de Paulo Maluf, durante o governo FHC, ou o PP nas gestões petistas.
Durante toda a sua carreira, o mito jamais se preocupou com as provas de suas práticas delituosas, pelo contrário – se especializou em produzir provas contra si próprio e se viciou em vê-las atiradas ao lixo, como no caso dos rascunhos terroristas de 1987.
São provas em cascata, cachoeiras. É só ir abrindo os inquéritos que ainda não prescreveram que cada um deles pega velocidade. Todos os crimes do mito e de seus áulicos foram cometidos com o mesmo modus operandi: a crença na impunidade absoluta.
Por exemplo: a quantas anda o inquérito da tentativa de assassinato contra agentes da Polícia Federal, alvejados pelo bolsonarista Bob Jefferson? Reagir à bala às “injustiças do Estado” (por gente de direita) é um “direito” alardeado publicamente, há anos, por Jair Messias.
E os 101 imóveis amealhados em tempo recorde, e destes, 50 com dinheiro vivo? Vai ficar por isso mesmo? Seriam bens adquiridos pelo lucro da fantástica lojinha de chocolates do rebento zero-alguma-coisa? Esse fenômeno milagroso seguirá sem apuração?
Para onde a Dona Justa se mexer encontrará um balaio de crimes com provas bem à vista. A desnecessidade de preocupação da familícia se apoia na crença da inimputabilidade – insisto: em 1987, Zero-zero foi absolvido do planejamento de um ato terrorista...
HOJE NA HISTÓRIA
4 de julho de 1776 – Declarada a independência dos Estados Unidos da América, em resolução adotada pelo Segundo Congresso Continental, reunindo 13 colônias britânicas.
Segundo as cartilhas do marxismo clássico, esta é uma das três revoluções que marcam o início da chamada época contemporânea e/ou o início do capitalismo em sua fase mais avançada, marcando o fim do período colonial moderno.
As outras duas seriam – pela visão marxista – a Revolução Industrial Inglesa (antes, a partir de 1780, segundo Hobsbawm) e a Revolução Francesa (depois, em 1789). O mundo atual se baseia nesses três pilares, segundo essa turma do Karl.
Cinco líderes americanos foram escolhios para escrever a declaração: Thomas Jefferson (autor do primeiro esboço), Benjamin Franklin, John Adams, Robert Sherman e Robert Livingston.
Aí o pau quebrou, pois a Inglaterra não aceitou sem mais nem menos e partiu pra cima das 13. Foram cinco anos de guerra aberta, até que em 19 de outubro de 1871, depois da batalha de Yorktown, o Império Britânico pegou o boné e deu no pé – mas Londres só reconheceu a independência americana em 1783, com o Tratado de Paris.
Enio Lins
Sobre
Enio Lins é jornalista profissional, chargista e ilustrador, arquiteto, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Foi presidente do DCE da UFAL, diretor do Sindicato dos Jornalistas, vereador por Maceió, secretário de Cultura de Maceió, secretário de Cultura de Alagoas, secretário de Comunicação de Alagoas, presidente do ITEAL (Rádio e TV Educativas) e coordenador editorial da OAM.