Música de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião!

As festas juninas fazem referência aos três santos. Santo Antônio, São João e São Pedro. Antônio, casamenteiro. João o comunicador que anunciou a chegada de Jesus. E Pedro o dono das chaves do céu. Também quem manda chover.

Hoje nos meses de junho, o que antecede e o posterior são utilizados para os eventos. Os tradicionais e os não tão tradicionais.

E assim as músicas que eram tocadas a cinco ou dez anos passados não são mais escutadas ou são abafadas pelas músicas de todo o tipo. O trio com acordeom, zabumba e triangulo sofrem com os sons eletrônicos.

Nada contra axé, piseiro, arrocha, sofrência, funk, etc. Nada contra os novos ritmos. Acontece que todos eles possuem seu tempo durante o ano. Não deveriam “invadir” as festas juninas, onde já existem o forró, xote, baião, xaxado, coco, etc.

Fui recentemente à Cidade de Caruaru onde iria se apresentar no São João de lá o maestro Spok e Orquestra. Colocaram no último horário, o melhor da noite. Duas horas da manhã. Mais da metade do público já foi saindo. O melhor show. As melhores músicas que deveriam ocupar o primeiro ou segundo lugar de apresentação ficaram para 30% do público. Uma maldade. Além do maestro consagrado e sua grande orquestra, vieram 4 sanfoneiros de responsa, como Cezinha. Vozes novas no ritmo nordestino, 4 cantoras jovens e ainda a banda de pífano de Caruaru. Só estes fariam a festa a noite inteira. Mais não. Vieram antes um cantor de nome estranho e uma cantora de um ritmo só e tomaram o lugar do verdadeiro dono da festa com as músicas nordestinas do saudoso Luiz Gonzaga e seus tantos seguidores.