Sérgio Toledo
Futebol de campo
Futebol de campo. Futebol de onze. Do inglês, football soccer. Desde 1863. 11 jogadores de cada lado, com o goleiro ou keeper, (goalkeeper). Uma bola redonda. Um juiz para aplicar as regras.
Futebol de campo, de onze, extremamente de contato. Então vamos ter quedas, encontrões, tudo tendo como visão principal, ficar com a bola.
Então, temos que ter em mente que futebol, se joga em pé ou de pé! Ambas as formas estão corretas! Os jogadores atuais precisam aprender que deitado não se ganha nada. Atrasa a partida e torna feio o esporte.
Qualquer contato maior “ lá está um corpo estendido no chão! ” Entra o massagista e coloca um spray gelado e tudo resolvido. Pura enganação. Quando existe uma lesão e elas existem o jogador sai de maca e na maioria das vezes não volta mais ao jogo. As vezes tem até que ser operado.
Hoje outra moda que leva os jogadores ao chão são os membros superiores batendo na cabeça, pescoço ou rosto. Pronto. Vamos mostrar todo o teatro para ver se o juiz expulsa ou dá um cartão ao adversário. A possibilidade de contato dos membros superiores com o corpo do adversário existe. Faz parte da movimentação dos que disputam a pelota.
Outra coisa muito repetida hoje em dia é a movimentação para trás dos clubes de futebol. É o futebol caranguejo. Um passo para frente e dois para trás. Não temos mais os jogadores que jogam pelas laterais e tentam jogadas individuais com dribles e cruzamentos. Salvo raras exceções para confirmar a regra. Vão até o nível da cabeça de área e voltam a pelota que pode regredir até o goleiro.
Não consigo ver na televisão um jogo de futebol do começo ao fim. Seja do Brasil, América do Sul ou Europa. Além do cai, cai dos jogadores, das encenações, do futebol caranguejo e dos locutores enfadonhos, temos ainda a violência das torcidas entre si e contra as origens raciais dos jogadores!
As autoridades competentes infelizmente não dão sinais de posições enérgicas e decididas para pôr fim em tudo de errado que tem acontecido!
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.