Enio Lins
Enfim, temos a Lei Paulo Gustavo viva e forte
Em ato realizado em Salvador, dia 11, com a presença do Presidente Lula, foi validada a regulamentação da Lei Paulo Gustavo e, com isso, R$ 3,8 bilhões estarão à disposição de Estados, Distrito Federal e municípios para investimentos culturais.
Como se sabe, a Lei Complementar nº 195, de 2022, mais conhecida como Lei Paulo Gustavo, foi aprovada contra a vontade do governo passado e não conseguiu ser encaminhada, na prática, até o final do ano.
Homenageando o ator Paulo Gustavo – morto em 2021, aos 42 anos, por complicações do Covid19 – a lei passou por verdadeiro calvário, vetada pelo então presidente. O veto foi derrubado pelo Congresso, mas o governo travou sua aplicação.
Desses R$ 3,8 bilhões, R$ 2 bi serão destinados aos estados e R$ 1,8 bi divididos entre os municípios; os recursos “são originários do superávit do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e de outras fontes de receita vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)”.
Segundo o site do MinC “são elegíveis para receber recursos fazedores de cultura de áreas como artes visuais; leitura e literatura; expressões artísticas e culturais de povos tradicionais; coletivos culturais não formalizados; carnaval; cultura hip-hop e funk; entre outros”.
Destaque-se a partilha das responsabilidades para prefeituras e governos estaduais, o que aproxima mais a aplicação da lei das produções locais, possibilitando uma maior efetividade e democratização nos editais por cada municípios e cada estado.
Essa distribuição das oportunidades cria as condições, também, de geração de mais empregos por local de moradia e trabalho, num processo natural de multiplicação das vagas, uma vez que os projetos terão de ser em bases locais e não em âmbito nacional.
Riscos de problemas em sua aplicação? Evidentemente que sim, como em toda outra área de investimento além da Cultura e da Arte, mas o mais importante é a gigantesca oportunidade criada de democratização no acesso às verbas públicas.
Um grande passo, efetivo, para a retomada do trabalho artístico-cultural no Brasil depois de quatro anos de boicotes do governo federal e, ainda por cima, com a pandemia detonando com força o segmento de eventos. Viva Paulo Gustavo! Duplamente.
HOJE NA HISTÓRIA
16 de maio de 218 – Júlia Mesa, uma das mulheres mais poderosas do Império Romano, é enviada para prisão domiciliar (na Síria) por Macrino, autoproclamado Imperador.
Em 217, Macrino havia assassinado o imperador Caracala, considerado um grande soberano e sobrinho de Júlia. Ao ser banida, ela declara um de seus netos, de 14 anos, Heliogábalo, como o legítimo Imperador Romano.
Poderosa, Júlia Mesa nasceu no ano 170 (em Emersa, na Síria) e morreu aos 56 anos, em Roma. Ela derrota Macrino no mesmo ano em que ele a exilou, e consegue colocar no trono seu neto Heliogábalo, que governa até o ano 222, quando a avó o substitui por outro neto, Alexandre Severo, que reina até o ano 235.
Leia mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlia_Mesa
e https://www.wikiwand.com/pt/J%C3%BAlia_Mesa
Enio Lins
Sobre
Enio Lins é jornalista profissional, chargista e ilustrador, arquiteto, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Foi presidente do DCE da UFAL, diretor do Sindicato dos Jornalistas, vereador por Maceió, secretário de Cultura de Maceió, secretário de Cultura de Alagoas, secretário de Comunicação de Alagoas, presidente do ITEAL (Rádio e TV Educativas) e coordenador editorial da OAM.