Enio Lins

Agora sim: o Brasil não pode parar!

Enio Lins 13 de janeiro de 2023

Redondo, o mundo gira, apesar do terraplanismo zurrar. No giramundo permanente, mais de uma coisa tem de ser feita ao mesmo tempo. E no Brasil teremos de rodar mais rápido que o globo para compensar o atraso.

Enquanto seguem
as investigações e processos contra os terroristas que vandalizaram Brasília, o governo federal não pode parar – sequer para se dedicar com exclusividade ao quase-golpe dos bolsonaristas ensandecidos.

Brasília precisa
ser reconstruída fisicamente e o Brasil precisa ser reconstruído econômica e socialmente depois da temporada de maldades, canalhices e depredações promovidas por Jair & bando durante quatro anos de badernas.

Terroristas e golpistas
precisam ser investigados, processados, presos (e multados sem dó), e desbaratadas já as armações do crime organizado bolsonarista, especialmente as infiltradas entre militares e no serviço público.

Todas essas tarefas
exigem execução simultânea. Não há tempo a perder e a administração do País não pode ser relegada por conta da atenção indispensável a ser dada à bandidagem terrorista-bolsonarista.

Cuidar do Brasil devastado
(administrativamente, economicamente, ambientalmente e socialmente) é objeto da política. Cuidar dos terroristas (de toda a rede criminosa montada por, e em torno de, Jair) é coisa da polícia. Cada setor faz a sua parte.

O Brasil sadio
, democrático, plural, está chamado a fazer seu dever de casa – sem mais perda de tempo, nem desvio de foco. O mito que cague.

A hora é de agir
no cenário econômico, onde a devastação deixada em 48 meses ininterruptos de pilhagens e destruição ainda sequer foi dimensionada corretamente. A economia produtiva necessita voltar a crescer imediatamente!

Sem crescimento econômico
não existe o que distribuir – isso não é desculpa capitalista para concentrar riqueza, isto é o mundo real, válido até para os modelos não convencionais.

Crescer compartilhando
é o lema de quem não é de extrema-direita. Crescer para depois compartilhar é enganação, os dois movimentos precisam ser concomitantes, numa prática digamos, no mínimo, humanista. A hora é agora.

Momento é de
reconstruir a economia e destruir o terrorismo-bolsonarismo, posto ser certo que esses bandidos continuarão tentando, por todos os meios, sabotar economicamente o País, pois o caos é seu habitat e sua tábua de salvação.

Hoje na história


13 de janeiro de 1825
– Frei Caneca é executado, no Recife, por ser um dos líderes da Confederação do Equador, tentativa separatista que pretendia criar uma república independente em parte do Nordeste brasileiro, mais precisamente no ufanista “grande Pernambuco”.

Herói indiscutível, Frei Joaquim do Amor Divino Rebelo, mais conhecido como Frei Caneca, participou de duas tentativas insurrecionais. A primeira, em 1817, apesar da badalação posterior, foi pouco representativa, sendo incorretamente chamada de “revolução”. A segunda, rescaldo da primeira, foi mais organizada e até bandeira chegou a ter, mas também careceu de apoio suficiente para avançar. As teses sobre, e motivações de ambas as sedições, são discutíveis e contraditórias.

Frei Caneca, além de padre católico, era maçom, intelectual, e jornalista atuante. Existe indícios que, entre as duas revoltas, ele teria residido e ensinado na Vila de Alagoas, hoje município de Marechal Deodoro. A rebelde Confederação se estendeu por apenas quatro meses, de julho a novembro de 1824, sendo desbaratada pelas tropas imperiais sob o comando do mercenário britânico Thomas Cochrane.

Condenado à morte por enforcamento, teve a forma da pena capital convertida em fuzilamento, pela recusa das pessoas convocadas para o posto de carrasco do respeitado Frei Caneca. Nem sob pancada quiseram colocar a corda no pescoço dele.

Viva Frei Caneca! Viva o debate sobre a História!