Enio Lins
Curiosidade exagerada sobre uma mentira a mais
Alguma celeuma tem sido provocada nas redes sociais por conta de um suposto Cartão de Vacina, pertencente ao energúmeno mito, que teria tido o sigilo quebrado. A primeira coisa que precisa ser chamada à atenção, antes mesmo de checar a veracidade dessa notícia – se o calhorda se vacinou ou não –, é que isso é totalmente irrelevante considerando o balaio de atividades suspeitas contidas no conjunto dos sigilos decretados durante os trágicos quatro anos de desgoverno bolsonazista.
Propositalmente, lá atrás, o delinquente que ocupou o Palácio do Planalto fez vazar a decretação do sigilo sobre o seu “estratégico” cartão de vacinas. Para que alguém esconderia a relação dos imunizantes que teria tomado? Obviamente, em se tratando do quadrúpede presidencial, se imagina mais uma mentira do Jair: disse que não se vacinaria e se vacinou “na baixa”. Ainda hoje a mídia perde tempo em perguntar se o biltre teve coragem de encarar a agulha ou não. Isso não significa coisa alguma, é uma falsa polêmica.
No máximo, essa controvérsia pode constatar que o mentiroso contumaz é um contumaz mentiroso. Isso o mundo já sabe há anos. O gado tem certeza disso e rumina prazerosamente toda inverdade que é expelida pela mitológica boca podre, e achará que o capitão-cabrão sempre chora por um bom motivo. Aplaudirá se ele for desmoralizado ou não nesse quesito da vacina contra o Covid. Deixemos isso de lado, é hora de quebrar os sigilos realmente importantes entre os, no mínimo, 65 procedimentos e processos escondidos pelo Jair.
O busílis está noutros segredos, como: detalhamento dos gastos do Cartão Corporativo da Presidência da República; dados sobre os motivos dos acessos do vereador Carlucho e do deputado federal Dudu Bananinha aos palácios do Planalto e da Alvorada; processo da Receita Federal sobre as operações coordenadas pelo senador Flávio Rachadinha; processo administrativo sobre a participação do ex-ministro da Saúde e então general da ativa do Exército Eduardo Pazuello em manifestação política/partidária em favor do Jair; processo contra agentes da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe pelo assassinato de Genivaldo de Jesus dos Santos, caso de tortura em porta-malas de viatura com gás lacrimogêneo... Esse tipo de escondimento é o que interessa à Nação tirar da escuridão e trazer à luz do Direito.
Cartão de vacina? Que se lasque. Pode ficar no lixo da história juntamente com o dono.
HOJE NA HISTÓRIA
5 de janeiro de 1728 – fundada a Universidade de Havana, Cuba, por frades dominicanos e autorizações concedidas pelo rei da Espanha, Felipe V, e pelo Papa Inocêncio XIII, com o nome de Real y Pontificia Universidad de San Gerónimo de la Habana.
As duas primeiras universidades no Novo Mundo foram fundadas em 1551, no México e no Peru, ambas pelo rei Carlos (ocupante de dois tronos, como Carlos I da Espanha e Carlos V da Alemanha). Na época de sua criação, já haviam sido fundadas em território hoje dos Estados Unidos, as universidades de Havard (1636), William and Mary (1693), St. John’s (1696), Yale (1701). Para se ter uma base de comparação, a primeira universidade no Brasil só aparece em 1920, a Universidade do Rio de Janeiro.
O nome foi mudado para Real y Literaria Universidad de La Habana em 1842, sob Isabel II, rainha da Espanha, quando deixou de ser uma instituição ligada à Igreja Católica. Depois da independência de Cuba, em 1898, período conturbado e dominado pelos Estados Unidos, mudou novamente de denominação para Universidad Nacional.
Durante a ditadura de Fulgêncio Batista (1952/1959), passou por vários conflitos com o governo até o ditador a fechar em 1956. Com a Revolução Cubana, vitoriosa em 1º de janeiro de 1959, Fidel Castro reabriu a Universidad de La Habana, que hoje – aos 295 anos de vida – conta com 16 faculdades, 14 centros de pesquisa e oferece cursos para mais de 25 especialidades para 24 mil estudantes.
Saiba mais:
Universidade de Havana – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)
Universidade de Havana - Havana | | de admissão Propinas | Universidade (unipage.net)
Como estudar em Cuba? Bolsas de estudo, requisitos e documentação (jralfa.com.br)
Enio Lins
Sobre
Enio Lins é jornalista profissional, chargista e ilustrador, arquiteto, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Foi presidente do DCE da UFAL, diretor do Sindicato dos Jornalistas, vereador por Maceió, secretário de Cultura de Maceió, secretário de Cultura de Alagoas, secretário de Comunicação de Alagoas, presidente do ITEAL (Rádio e TV Educativas) e coordenador editorial da OAM.