Enio Lins

Inconcebível é a infiltração bolsonarista no novo governo

Enio Lins 23 de dezembro de 2022

Flávio Dino, senador eleito pelo Maranhão e indicado pelo presidente Lula para ser o próximo ministro da Justiça, protagonizou a polêmica mais importante nessa quadra de escolhas para a composição das equipes ministeriais.

A polêmica em tela foi convidar para chefiar a (problemática) Polícia Rodoviária Federal um policial rodoviário federal que expôs desabridamente suas ligações com a quadrilha de Jair B, além de seu entusiasmo para com a gangue lavajatista. Inexplicável convite.

Dino percebeu a derrapada e colocou o carro nos trilhos, desconvidando o indivíduo. Agiu certo. Órgãos importantes se tornaram referência da infiltração criminosa do milicianismo e a atuação da PRF foi a mais escandalosa, considerando a tentativa de impedir o acesso às urnas de pessoas potencialmente eleitoras de Lula, no dia da votação no segundo turno – e o País não pode esquecer o caso do assassinato de um popular, homicídio por meio cruel e cometido à luz do dia, por agentes da PRF, em Sergipe, e de cuja apuração não se tem notícia.

Não se pode menosprezar o peso e a influência nefasta do bolsonarismo enquanto corrente de pensamento e força organizada nacionalmente. O bolsonarismo é uma expressão do crime organizado, o que obviamente não quer dizer que toda pessoa simpatizante do meliante seja potencialmente criminosa. Muito menos as milhões de almas que votaram no calhorda devem ser tidas como milicianas. Mas num governo que, com imenso esforço, derrotou Jair B e seu milionário circo de horrores, não cabe ninguém que possa ter tido ligação ou admiração por esse delinquente.

Para o novo governo federal existem milhares de nomes aptos à convocação para cargos em todos os níveis. Tantos nomes competentes e isentos que se multiplicasse por 100 o número de cargos disponíveis, ainda assim ficaria de fora muita gente boa. Não existe, portanto, nenhum motivo para retirar do lixo nada nem ninguém que tenha tido relação íntima com o desgoverno bolsonarista.

O bolsonarismo trabalha incessantemente para sabotar o novo governo, e o pranto do desqualificado (ainda) ocupante do palácio do Planalto não impediu a organização e o financiamento da maior campanha subversiva que o Brasil já viu, onda que clama por um golpe militar, impunemente, desde que a derrota do mito foi confirmada pelas urnas. Isso não pode ser ignorado, sob nenhuma justificativa.

NOTAS


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Organizada pela Secretaria Estadual de Cultura, a exposição “Reencontro” reúne obras de 40 artistas nos salões do Museu da Imagem e do Som.

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“Reencontro” tem a curadoria de Manu Constant e Viviani Duarte, contando com trabalhos de artistas experientes e de iniciantes.

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O mote é o isolamento causado pela pandemia traduzido em desenhos, esculturas, pinturas, ilustrações, fotografias e gravuras.

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A coletiva fica em cartaz até 15 de janeiro e o MISA, em Jaraguá, mantém suas portas abertas de segunda a sexta, das 8 às 16 horas.

HOJE NA HISTÓRIA

Assinatura gráfica da Rainha Yohl Ik Nal

23 de dezembro de 583 – Coroação da rainha (pré-colombiana) Yohl Ik Nal, segundo tradução das inscrições em idioma maia encontradas na região de Palenque – sítio arqueológico localizado em Chiapas, México.

O minucioso trabalho de interpretação da grafologia maia indica que ela teria reinado por 21 anos, desde a data de entronização, até 7 de novembro de 604, quando morreu. Essas datas são decifradas e estimadas em comparação entre o calendário maia e o calendário gregoriano

As inscrições sugerem também que ela teria sido avó ou bisavó de um rei descrito como “grande” e “o maior”, chamado Janaab Pakal I. Se deduz que Palenque teria sido uma cidade-estado, autônoma, e que as mulheres ali ocuparam o trono por mais de uma vez, sendo estudada atualmente a tumba e os restos de uma nobre chamada (pela equipe que a descobriu) como a “Rainha Vermelha”.

Pelo descoberto até agora, Yohl Ik Nal teria sido a primeira governante na história maia com registros mais amplos sobre sua vida. Existem indícios de que uma sua parente direta (irmã, filha ou neta), Sak K’uk, teria também sido rainha. As pesquisas continuam.

Mais informações:

Yohl Ik'nal - Idade, Morte, Aniversário, Bio, Fatos & Mais - Mortes Famosos em 4 de novembro - CalendarZ

Lady Yohl Ik'nal - A primeira governante feminina dos maias - História das Mulheres Reais (historyofroyalwomen.com)


Yohl Ikʼnal – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)