Sérgio Toledo
Medicina brasileira em evidencia.
Coluna Viva Bem, Lucia Helena, do site Uol, publica: cirurgia brasileira aumenta, reconstrói e até cria um pênis capaz de ereção. Apesar de não ser uma publicação científica, o trabalho do urologista baiano, Ubirajara Barroso Junior da Universidade Federal da Bahia, será apresentado no XVII Congresso Paulista de Urologia e já foi publicado no International Brazilian Journal of Urology.
Vamos aos fatos resumidamente e com termos o mais simples possível para que todos nós possamos entender.
Uma criança de 8 meses foi agredida por um cão em seu berço e teve o pênis arrancado. Aos 11 anos de idade o paciente citado esteve com o urologista Ubirajara que conseguiu reconstruir o pênis. Era a sexta vez que algo do tipo era realizado no mundo.
No entanto o pênis não possuía ereção. Iniciada a adolescência o garoto passou a necessitar da função. Voltou ao médico que iniciou o estudo para colocar os corpos cavernosos, mudar a posição da uretra que era só um furo, e a sensibilidade para conseguir a ereção.
Somente a metade da extensão dos corpos cavernosos se encontra no pênis, diz Barroso. O restante está dentro da região do períneo. E o mais importante ligada a um osso da bacia. O importante da técnica é retirar então um pequeno pedaço do osso da bacia e assim não danificar o corpo cavernoso e mais recoloca-lo em outro osso mais a frente, o púbis, mantendo a função.
A partir do sucesso da cirurgia da criança mutilada pelo cão foi possível levar a técnica para os casos de amputação de pênis por câncer e também para mulheres trans.
Outro detalhe é que assim caminhando nas possibilidades o aumento do pênis também foi possível com a referida técnica com algumas variações efetuadas pelo professo Barroso e sua equipe.
Parabéns a todos! Ao Professor Ubirajara Barroso Junior e sua equipe, a Universidade Federal da Bahia, principalmente. Porém, parabéns a jornalista Lucia Helena, ao Viva Bem e ao site Uol, pela publicação/divulgação.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.