Alisson Barreto

A ideologia da força e a vida real

Alisson Barreto 25 de fevereiro de 2022
A ideologia da força e a vida real
A ideologia da força e a vida real - Foto: Alisson Barreto

Eis que, quase que de repente, o mundo é invadido por ideologias de inseguros, que tentam mostrar-se fortes para quem os circunda. Débeis que querem andar armados para se sentirem fortes ou inseguros que sentem falta de quando faziam Bullying
na escola e isso não era nada demais, podendo assim externar suas incapacidades de lidar com as próprias fraquezas.


Uma ideologia tomou conta do país e de boa parte do mundo. Políticos oportunistas perceberam o filão de seguidores que os apoiariam para sentirem-se defendidos em seus anseios de se mostrarem fortes e poderem combater ideologias, minorias e ainda aplaudir a lei do mais forte, em vez da solidariedade aos mais fracos.


De um momento para outro, falar em solidariedade e pobre passou a incomodar, como se isso fosse algo ideológico e ateu. Talvez em reação a possíveis excessos de segregação entre cores de pele e benefícios étnicos… Ou seria apenas uma adolescência mal trabalhada ou a saudade dos hormônios de tal época? Estamos chegando a extremos em que um lado quererá excluir da Sagrada Escritura as páginas referentes à destruição de Sodoma e outro lado quererá tirar da Bíblia a parte que fala do bom samaritano.


A quem interessa essas divisões? No Cristianismo, aprende-se que a felicidade do coração humano se realiza na participação da unidade em Nosso Senhor Jesus Cristo. Porém, de uns tempos para cá, referir-se a ele passou a incomodar, em alguns ambientes. Em alguns casos, chamar Jesus de Nosso Senhor gera estranhezas e reações negativas e chamar Jesus de Cristo pode até causar enfurecimentos.


A polarização atual chegou a um ponto que é como se o mundo estivesse diante do Cristo crucificado e, em vez de contemplá-lo e dirigir-se para Ele, ficasse indagando às demais pessoas se elas ficarão do lado do criminoso da esquerda ou do criminoso da direita. Acaso não é a Jesus Cristo que devemos seguir? Quem dera isso fosse fora de contexto, mas o fato é que muitos estão a apedrejar Papas em função disso. Muitas vezes com base em grupos inebriantes de redes sociais, ou paixões políticas, ou de uma fé deturpada e mal direcionada.


Não se renda à ideologia da força, que manipula pessoas e angaria seguidores com a ilusão de que é necessário ser referência de força, ainda que isso diminua ou esmague outros, ainda que isso custe a paz. Qual o preço de sua paz? O verdadeiro forte não precisa mostrar-se forte, quem sabe o que é não precisa aparentar ser. O verdadeiro forte não vive preocupado com índices de rejeição não os alimenta, apenas vive sua vida, sem medo de amar, sem medo de ser solidário, sem medo de ajudar a quem precisa, sem medo de viver a fé com amor e esperança.


Por fim, convido a apreciar o sorriso de uma criança simples e aprender com sua pureza, inocência e sinceridade humilde. Convido a olhar para os que rezam com amor e assiduidade, e aprender a ter paz na caminhada. Convido a olhar os bambus, que não caem com os ventos, e as pilastras antigas, que resistem no tempo.


Convido, mais uma vez, a olhar para Nosso Senhor Jesus Cristo: que faz o bem a quem precisa e aceita o bem, que não troca o seu silêncio pela vontade dos prepotentes e que nos dá a paz. Por fim, convido a orar um pouco mais pelos que ainda não nasceram, mas estão formando-se nos ventres maternos; pelos que sonham com a soberania; pela paz e pela conversão do mundo aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.


Sim, ao coração de Maria também, pois só quem a tem como mãe sabe como é fazer parte do Corpo de Cristo.


É um convite! Você, leitor(a), pode aceitar ou não. Mas garanto que você terá mais paz e verá, com grande alegria, o brilho do Espírito Santo sobre sua fronte.