Sérgio Toledo

Alzheimer e diabetes.

Sérgio Toledo 15 de outubro de 2021
A medicina, gosto sempre de enfatizar, é uma ciência viva e inexata. Dois mais dois pode ser 3,5 ou mesmo 5. Assim, podem mudar, os fatos de hoje ou os de amanhã. Cientistas estão sempre pesquisando e submetendo seus trabalhos científicos para os chamados “pares”, que são outros cientistas contrários ou a favor das teses ou descobertas realizadas. Publicação de O Globo digital traz matéria sobre a doença de Alzheimer, a doença do alemão, vulgarmente chamada. Demência, ou o que se dizia muito antigamente, caduquice. A doença de Alzheimer é um diabetes que ocorre no cérebro, diz a matéria. Caracterizada por um processo de inflamação gerado pelo acúmulo de toxinas no cérebro. A inflamação é ocasionada, em grande parte, pela resistência à insulina, enfatiza a matéria. Insulina é uma substância produzida pelo pâncreas para a regulação da glicose no nosso organismo. Reduz então a glicemia, cujo aumento produz tipos de diabetes. Atividade física constante e alimentação saudável são importantes para evitar. Alguns autores estão chamando o Alzheimer de diabetes tipo 3 e o relacionando com a resistência à insulina cerebral. Trata-se, porém de uma nomenclatura informal e controversa. Existem muitas dúvidas. A certeza é de que evitar o diabetes e se ele se instale, manter um controle rígido é importante para a saúde em geral, como também do cérebro. A pesquisadora do Instituto de Bioquímica da UFRJ, Fernanda de Felice, diz que as tais toxinas que, se acumuladas, costumam desencadear um quadro de demência, então presente em todos, porém “adormecidas”. Seu trabalho foi apresentado no simpósio internacional “Frontiers in Protein Misfolding in Neurodegenerative Diseases and Câncer”.