Com a pandemia, também com a imunização excelente devido ao Programa Nacional de Imunização (PNI), muitas pessoas (pais, mães e responsáveis), como também muitos médicos, acham que algumas doenças estão exterminadas.
Não estão. O sarampo tem voltado com frequência.
Rubéola materna e congênita, tétano, poliomielite.
A queda nas porcentagens das vacinações é alarmante. Vem acontecendo desde o ano de 2015.
A poliomielite, por exemplo de 95% caiu para 76% no geral e no norte e nordeste mais ainda: para 65% e 72% respectivamente de vacinados.
Uma doença como a difteria caso venha a aparecer pode ser letal pois os pediatras na sua maioria nunca viram a doença que estava sob controle. Agora pode aparecer e pode causar 20% de morte nas crianças.
Fico impressionado com o caso da poliomielite que tinha desaparecido do Brasil desde 1994 e que com essa porcentagem de vacinação do Zé Gotinha, poderá voltar a acontecer com suas ações catastróficas, atingindo os músculos que movimentamos pulmões podendo matar as crianças, como também atingindo os membros superiores menos e intensamente os membros inferiores deixando muitos deficientes.
Alguém já falou que as vacinas estão sendo vítimas das suas eficiências. Erradicando ou controlando as doenças as pessoas leigas e até da área de saúde acham que os vírus desapareceram. Não desapareceram. Estão entre nós esperando uma oportunidade para agirem.
Outro detalhe. Com a politização da saúde. Com as negações. Com o tal direito e não direito e dever as coisas podem piorar.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.