Roberto Baia

Exploração insana

Roberto Baia 08 de julho de 2021
Exploração insana
Reprodução - Foto: Assessoria
Como se não bastasse o rastro de destruição da Braskem em Maceió, que através da exploração insana do solo aniquilou quatro bairros, deixando centenas de milhares de famílias sem lar, isso sem falar no solo da Lagoa Mundaú que, segundo especialistas, está afundando, a Mineração Vale Verde segue no mesmo ritmo com a exploração de minério nas cidades de Craíbas, Arapiraca e, agora, estende os seus tentáculos obcecados por dinheiro para o município de Igaci.   Propaganda enganosa E a mineração Vale Verde que se apresenta como “uma empresa que está implantando uma mina a céu aberto e instalações para beneficiamento e produção de concentrado de cobre, por meio do Projeto Serrote, na divisa entre os municípios de Craíbas e Arapiraca, faz uma propaganda enganosa ao lardear que “tem compromisso com o crescimento e o desenvolvimento social de longo prazo das comunidades onde está inserida, fomentando, por meio de parcerias estratégicas com instituições que atuam nesses territórios, a melhoria na qualidade de vida dos moradores dessas localidades”.   Só exploração Ora, mentira tem pernas curtas. Basta perguntar que tipo de benefício às comunidades exploradas estão recebendo da Mineradora, principalmente nesses tempos difíceis e tenebrosos da pandemia do Novo Coronavírus.   Força da grana É muita conversa mole pra boi dormir. Na verdade, para obter lucros bilionários, a mineradora desapropria terras, retirando do campo milhares de famílias que tiram seu sustento quer nas fazendas, sítios e povoados onde residem, sendo obrigadas a vender suas terras a preços bem abaixo do mercado.  Fazer o quê? Quem poderia ajudar, está de braços dados com a mineradora que vende os minérios extraídos para países poderosos como a China. É muita grana em jogo e vidas destruídas. Como diz um trecho da música de Caetano Veloso é “a força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Mentira “cabeluda” O mais absurdo é que em sua página oficial, a Mineração Vale Verde usa ironia ao afirmar que “tem compromisso com o crescimento e o desenvolvimento social de longo prazo das comunidades onde está inserida, fomentando, por meio de parcerias estratégicas com instituições que atuam nesses territórios, a melhoria na qualidade de vida dos moradores dessas localidades”. O pior não é esse “conto da carochinha” e sim o silêncio de autoridades locais que estão com a língua presa. Sabe-se lá o motivo que leva os “representantes do povo” a cruzar os braços e fechar os olhos para tamanho descalabro.   Vale lembrar A propósito, o deputado federal Paulão (PT-AL), de acordo com matéria do site É Assim, disse que entrou com ação no Ministério Público Federal (MPF), em 2020, contra a Mineradora Vale Verde. O parlamentar denunciou que a mineradora invadiu terras quilombolas no município de Arapiraca, em Alagoas, para desenvolver a exploração de minérios. Segundo ele, a Comunidade Quilombola Carrasco foi surpreendida com máquinas da mineradora Vale Verde escavando o solo no interior de uma propriedade que fica dentro do território da comunidade tradicional.   Não foi informada Na oportunidade, o deputado denunciou que a comunidade não foi informada sobre o tipo de atividade que estaria sendo explorada no local. Paulão destacou ainda que de acordo com os relatos no local, a mineradora estaria escavando em busca de jazidas de ouro na localidade. Paulão lembrou que a Constituição Federal garante o direito de propriedade às terras das comunidades quilombolas, além de reconhecer como patrimônio cultural brasileiro seus documentos e sítios detentores das lembranças históricas.   Ofensa à Constituição Para o deputado, a ofensiva da mineradora na reserva quilombola é uma ofensa à Constituição Federal, à Lei da Igualdade Racial e à Convenção 169 da OIT. “Por isso fiz representação à Procuradoria-Geral da República para que intervenha e proteja o patrimônio quilombola em solo alagoano”, frisou Paulão.   Aulas presenciais O site 7Segundos divulgou que às aulas presenciais na rede municipal de ensino de Arapiraca deverão ter início ainda em julho de 2021 no sistema híbrido (combinando os ensinos remoto e presencial). A afirmação foi feita pela secretária de educação do município, Ivana Carla, durante lançamento do Programa Inova Mais Educação, feito pelo prefeito Luciano Barbosa em solenidade realizada nesta terça-feira (06) no Planetário e Casa de Ciência, no Bairro Zélia Barbosa Rocha.   Avaliações epidemiológicas A retomada das aulas presenciais começou a ser cogitada com base nas avaliações epidemiológicas realizadas durante a pandemia do coronavírus, informou a secretária Ivana Carla. “Nós estamos nos preparando para esse retorno ainda para este mês de julho, mas ainda vamos fazer um diagnóstico final da situação para definir a data”, informou a secretária Ivana Carla.   Orientações para retorno A secretária Ivana Carla informou ainda que EPIs (equipamentos de proteção individual) e produtos sanitizantes para o protocolo de segurança contra a Covid-19 já foram distribuídos às escolas da rede municipal de ensino de Arapiraca.     ... Apesar de Arapiraca ser uma das cidades mais avançadas quanto a vacinação contra a Covid-19, apenas 17,3% da população vacinável já completou a imunização.   ... Os dados são do Sistema Nacional de Monitoramento de Vacinas. Segundo a plataforma, administrada pelo Governo Federal, pouco mais de 29 mil arapiraquenses receberam duas doses da vacina ou a dose única, no caso da Janssen, produzida pela Johnson & Johnson.   ...  A nível Alagoas, a porcentagem de pessoas com vacinação completa é um pouco menor. Cerca de 16,9% da população, ou seja, apenas 402.146 alagoanos estão protegidos dos casos graves de Covid-19. (Com 7 Segundos).