Alisson Barreto
O encontro do Menino e a educação de autonomia
O encontro do Menino e a educação de autonomia
Publicação: 16-jun-2020 É comum ouvir falar sobre a educação de meninas a lhes propiciar independência financeira, mas e quanto à autonomia dos meninos em seus habitats? Propõe-se, aqui a reflexão além da questão menino ou menina, tomando em consideração o fator escriturístico do Encontro do Menino Jesus. INDEPENDÊNCIA OU AUTONOMIA? Usa-se o termo independência à capacidade de sustentar-se com recursos próprios, em antonomia a dependência. Entretanto, acaso não há uma interdependência social entre os seres humanos e mesmo entre os diversos seres do planeta? O fato de o homem ser um ser social o insere em relações interpessoais com causas e consequências. Motivo pelo qual é melhor cabível o termo autonomia, que é a capacidade de gerir-se por normas próprias, as quais não são absolutas, por conta das relações de convívio, que implicam normas jurídicas e comportamentais a se cumprir. AUTONOMIAS DE MENINOS E MENINAS. Na sociedade de tempos recentes, meninas eram motivadas a brincadeiras mais caseiras e meninos a atividades mais externas. Pouco a pouco, esse cenário foi mudando, as bonecas das meninas ganharam carros, os carros dos meninos ganharam soldados e as distinções foram diminuindo dos jogos às atividades de casa. Num momento histórico, as meninas eram incentivadas a passarem de atividades de casa a atividades do mercado de trabalho; mas nem sempre os meninos incentivados ao mercado de trabalho foram incentivados a atividades no lar. No fim das contas, as mulheres acabaram adquirindo autonomia dentro e fora de casa; enquanto muitos dos homens deixaram de desenvolver habilidades em um dos supracitados setores. E no cenário virtualizado de hoje, será que há espaço para suficiente preparo emocional às realidades do mundo pós-pandemia? É, enfaticamente, conveniente aprender a dominar os conhecimentos e habilidades da área de atuação profissional e a desenvolver-se nas relações de amor e cooperação no ambiente familiar. O ENCONTRO DO MENINO JESUS NO TEMPLO. O episódio do encontro do Menino Jesus com seus pais, após o desencontro que os levara a descobrir que Ele estava pregando no templo demonstra a criação de autonomia com que José e Maria criara o Filho. Eles permitiram que o Filho, em idade suficiente, saísse em companhia de seus familiares, o que viabiliza o desenvolvimento interpessoal e a autoestima promovedora de autonomia. Tomaram um susto ao não o ver, mas tiveram grande alegria no reencontro e em saber que Ele estava pregando entre os doutores da Lei e fazendo a vontade do Pai Eterno. Ao mesmo tempo, o Filho compreendeu preocupação de seus pais e passou a dedicar maior atenção em obedecê-los. Como se diz, o caminho se faz caminhando; afinal, para andar é preciso sair dos braços dos genitores. Não basta o carinho de carregar no colo, é fundamental a motivação de ensinar a andar. A positiva, não a doutrinação da descrença nas próprias potencialidades. Como se vê, portanto, não basta ler e assistir aos fatos. Cada um tem uma missão de mover-se e motivar aqueles que estão aos seus cuidados ou que a si se uniram por laços vocacionais. Poesia: [embed]https://youtu.be/gdZB38vTdks[/embed] Olhai o MeninoOlhai o Menino
Vê que Divino
É Jesus que fora pequenino.
Olhai também vossos meninos:
Meninos ou meninas que haverão de crescer,
A construir seus destinos.
A cada um motivais a se desenvolver?
Dizei-me o que estais a fazer.
Olhai como anda a aprender.
Não basta criar para decorar.
Tampouco conquistar. É preciso ser.
Não é memorizar ou nome ter.
Não é questão de sorte ou de herdar.
É preciso fazer-se como ser e realizar.
Maceió, 15 de junho de 2020. (publicado em 16-jun-2020)Alisson Francisco Rodrigues Barreto
Sobre o autor: Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo (Seminário Arquidiocesano de Maceió), bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado em Direito Processual (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), tendo também cursado, parcialmente, os cursos de Engenharia Civil (Universidade Federal de Alagoas) e Teologia (Seminário Arquidiocesano de Maceió). Autor do livro “Pensando com Poesia” e escritor do blog “Alisson Barreto” (outrora chamado de “A Palavra em palavras”), desde 2011, e da Revista Pio. Alisson Barreto na internet: Site pessoal: Alisson Barreto, acesso em https://sites.google.com/view/alissonbarreto Canal Alisson Barreto, no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCqtpMzyLava_Z0hkmh75WAw Revista pessoal do autor: Revista Pio, acesso em https://alissonbarreto14.wixsite.com/revistadigital-pio "Blog" do autor: Alisson Barreto, acesso em http://tribunahoje.com/blog/a-palavra-em-palavras/ Twitter: @alissonbarreto1 (acesso em https://twitter.com/alissonbarreto1) LinkedIn: @alissonbarreto1 (acesso em https://www.linkedin.com/in/alissonbarreto1/)
Alisson Barreto
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Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo (Seminário Arquidiocesano de Maceió), bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado em Direito Processual (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), com passagens pelos cursos de Engenharia Civil (Universidade Federal de Alagoas) e Teologia (Seminário Arquidiocesano de Maceió). Autor do livro “Pensando com Poesia”, escritor na Tribuna com o blog “Alisson Barreto” (outrora chamado de “A Palavra em palavras”), desde 2011. O autor, que é um agente público, também apresenta alguns dos seus poemas, textos e reflexões, bem como, orações no canal Alisson Barreto, no Youtube, a partir do qual insere seus vídeos aqui no blog.
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