Roberto Baia

Denúncias gravíssimas

Roberto Baia 21 de maio de 2020
Denúncias gravíssimas
Reprodução - Foto: Assessoria
O prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, tem sido alvo de denúncias gravíssimas no semanário Tribuna do Sertão, cuja sede do impresso está instalada naquele município. O “Imperador”, que recentemente fez uma “live” exibindo uma pistola importada em cima da mesa, fato que provocou uma reação imediata da desembargadora Elizabeth Carvalho e de internautas, parece não se importar com o conteúdo bomba publicado toda semana pelo jornal, que tem a frente o advogado e jornalista Vladimir Barros. Gastos com o Covid-19 Em sua última edição, o jornal denunciou que o prefeito palmeirense gastou R$ 230 mil em publicidade e R$ 300 mil de gasolina com recursos do combate ao Covid-19. Na matéria, o semanário informa que o município recebeu três milhões, setecentos e trinta e seis mil, oitocentos e noventa reais. O jornal denuncia que o cidadão comum não tem acesso claro no Portal da Transparência, para conferir a aplicação dos recursos. Perseguição implacável O “Imperador” não tem deixado barato as denúncias gravíssimas publicadas pelo semanário e passou, como vingança, a perseguir implacavelmente Vladimir Barros e seus familiares. Servidor concursado do município e que move uma ação milionária para receber salários atrasados de gestões anteriores, Vladimir foi obrigado a se instalar em uma sala do antigo Hotel São Bernardo, que encerrou as atividades não só por conta da falta de hospedes, mas pela perigosa estrutura física do prédio, que ameaça desabar. Mais denúncias Outra matéria polêmica publicada pelo semanário Tribuna do Sertão tem como manchete principal: “Prefeitura de Palmeira adquiriu condicionadores de ar em bodega do Sertão – denúncia está no TCE”. Diz um trecho da matéria: “A denúncia protocolada em 2018 na ouvidoria do Tribunal de Contas e chegada ao conhecimento desta Tribuna do Sertão levanta suspeita de fraude na aquisição de equipamentos condicionadores de ar com recursos do Fundo Municipal de Saúde, do Município de Palmeira dos Índios no final do ano de 2017, durante a gestão do prefeito Júlio Cezar (PSB) e que tinha como secretária de Saúde Katia Born, exonerada do cargo em junho de 2018. Tribunal de Contas O semanário revela, ainda, aos seus leitores que “informações enviadas a este jornal na última semana, a prefeitura de Palmeira dos Índios adquiriu os produtos em um mercadinho de uma cidade sertaneja de Alagoas. O denunciante pede que o Tribunal de Contas investigue a suposta irregularidade, se houve fraude na contratação e a punição dos responsáveis”. “Venceu Pregão” Continua a matéria: “Mercadinho do interior - localizado na cidade de Batalha - venceu pregão presencial e forneceu condicionadores de ar à prefeitura; denunciante achou estranho. Pelas imagens do mercadinho apresentadas na denúncia e à redação deste jornal, a empresa é de pequeno porte e vende usualmente produtos alimentícios e de limpeza, o que causa estranheza comercializar produtos como condicionadores de ar ou similares, equipamentos que nem eles próprios usam em suas instalações”. Com a palavra o MP Pois é. Já é hora do Ministério Público de Alagoas entrar no caso e apurar essas e outras denúncias veiculadas no semanário palmeirense Tribuna do Sertão. Com tantas e gravíssimas denúncias do semanário envolvendo a gestão de Júlio Cezar, invoco aqui a célebre frase de William Shakespeare: “Há algo de podre no Reino da Dinamarca”. Será? Com a palavra as autoridades alagoanas. Tratamento com cloroquina O deputado Estadual Ricardo Nezinho, durante pronunciamento em sessão plenária de quarta-feira, 20, cobrou a união de forças dos governos Federal, Estadual e Municipal no enfrentamento a Covid-19.  Nezinho tomou como exemplo a cidade de Floriano, no estado do Piauí, onde os pacientes recebem tratamento com cloroquina e azitromicina ao aparecer os primeiros sintomas da doença. “A grande esperança na luta contra a pandemia, neste momento, é na atenção básica em que os agentes podem, através de orientação médica, passar medicamentos antes que o paciente tenha sintomas mais fortes e suas imunidades ainda estão fortes”, disse Nezinho. Primeira fase Segundo o deputado, se o paciente for atendido nesta primeira fase da doença, normalmente não precisará ser encaminhado a um hospital de campanha, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, muito menos, a uma UTI. “É com este raciocínio que prego sempre a união. O município precisa estar presente através do Programa de Saúde da Família (PSF), com agentes de saúde e de endemias fazendo visitas diárias nos lares das pessoas e vendo como elas estão de saúde, verificando, inclusive, a temperatura”, afirmou. Aparelhos respiratórios O parlamentar disse também que é importante detectar os primeiros sintomas e que isso evitaria internamentos, inclusive com o uso de aparelhos respiratórios. “Vamos atuar nos primeiros sintomas para depois, se precisar, usar os hospitais de campanhas e as UTIs. É uma guerra que as grandes potências mundiais estão perdendo e que Alagoas pode ganhar, se atuar na fase inicial”, concluiu. (Com Repórter Maceió), ... O atendimento aos pacientes com suspeita ou infectados pelo novo coronavírus em Arapiraca e cidades do Agreste continua recebendo investimentos do Governo de Alagoas. Esta semana, o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), abriu mais dez novos leitos, sendo cinco de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e cinco clínicos. ... Com isso, o hospital passa a ter uma estrutura com 37 leitos para internar pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19. Do total, são 12 leitos de UTI e 25 leitos clínicos. ... A previsão da gerente-geral do HE do Agreste, Bárbara Fernanda Albuquerque, é de que sejam implantados mais leitos ainda na próxima semana para reforçar o atendimento em toda a região. (Com Agência Alagoas).