Alisson Barreto
Por que não chamar Deus por Seu Nome?
Por que não chamar Deus por Seu Nome?
Por Alisson Barreto
Publicado em 08/10/2019
Muitos conhecem o mandamento de em não tomar o santo nome de Deus vão (Ex 20,7 e Dt 5,1), mas será que conhecem bem as implicações e o alcance desse mandamento? Já parou para pensar o porquê de os judeus não pronunciarem o nome de Deus?
Ó Nome Santo, santificai-nos!
E ensinai-nos a honrá-lo e ter zelo.
Zelando, guiai-nos!
Respondendo de trás para frente, observa-se que os judeus evitam pronunciar o Nome de Deus e os muçulmanos evitam representá-lo. Mas o que está por trás disso? Um desavisado poderia achar que poderia dizer o nome de Deus em suas orações porque não estaria dizendo o Nome de Deus em vão, mas e por que o Papa Bento XVI proibiu que pronunciássemos o nome de Deus na Santa Missa?
No Corpo de Cristo, formai-nos!
E um coração zeloso moldai.
Fazendo que Vos amemos cada vez mais!
Como trilhar o caminho, mostrai-nos!
Quando Deus criou o mundo e conduziu as criaturas para que o homem desse nome a elas (Gn 2,19-20) o homem ia conhecendo e dando nome, denominando cada criatura conforme ia conhecendo. Dar nome é denominar, é exercer um certo senhorio por delimitar com um termo utilizado a chamar e classificar, é reduzir um ser a uma forma mental pronunciável. Ora, Deus Se dá a conhecer na revelação, não é a busca do homem que o faz alcançar Deus, é Deus Quem Se revela. Assim, Deus (que é uno) se revela trinitário e nos dá a conhecer Seu Filho: Jesus, o Cristo. Eis porque os católicos fazem (todos cristãos deveriam fazer) reverência com a cabeça, quando é pronunciado o Nome de Jesus, especialmente nas celebrações litúrgicas. Por esse motivo, nós católicos fazemos vênia no sinal da cruz e glória (glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo). O homem deu nome às criaturas, mas Deus não é criatura, é Criador. Ao Senhor o senhorio, as honrarias e a glória!
Dizei-nos como falar.
Inspirai-nos como fazer.
Guiai-nos para sair.
Mostrai-nos como amar.
Por que não é correto chamar a Deus de (Grande) Arquiteto do Universo? Tal termo é utilizado não apenas em referência ao Deus Uno e Trino como também a toda concepção da palavra deus. Ali há uma universalização da palavra deus, em vez da referência ao Deus universal, único, uno e verdadeiro. Deus não é um fingido que veste máscaras diferentes para falar com povos e épocas diferentes. Deus é a Verdade que se revela, PLENAMENTE, em Jesus Cristo. Portanto, não há mais o que esperar nem paralelo a adorar. Esperar outra revelação é negar a plenitude da revelação em Cristo. Adorar algo paralelo a Deus é cometer idolatria. Um só é o Senhor, um só Deus em três pessoas. Só uma delas Se fez homem (sem se fazer criatura) e pode ser chamada por um nome: Jesus, o Filho.
Livrai-nos do nome falseado, inventado, enganador!
Lirvrai-nos do maldito, do perverso, falseador!
Livrai-nos de Vos ofender, ó Amado e Senhor!
Por que não chamar a Deus de Jeová? Jeová é uma invenção da heresia protestante (1517), utilizada para chamar a Deus por um suposto nome. O protestantismo foi inventado por Lutero após cerca de 1500 anos de Igreja e foi o responsável por pegar o tetragrama do Nome de Deus e traduzi-lo com inserção de excessivas vogais, uma vez que a bíblia hebraica original era escrita sem vogais, aliás, nem espaços, nem pontos, nem capítulos e nem versículos. Evite-se a pronúncia (por exemplo, lendo Senhor ou tomando uma tradução da Bíblia na qual escreva um atributo, em vez do Iahweh ou Javé). Chamá-lo de Jeová, além de corroborá com invenção herética, profana o Santo Nome de Deus pela insistência impudica de pronunciar várias vezes. Lembre-se de que Jesus, ao nos ensinar a rezar, ensinou-nos a chamar a Deus de Pai, “Abbá” (Painho, Paizinho). Acaso você, leitor(a), chama seu pai pelo nome dele ou o chama de pai, papai, paizinho, painho? Não vê que o Nome de Deus é de autoridade muito maior?
É preciso reaprender que a virtude do temor de Deus ensina a amar e adorar, não a ter medo ou descuidar. É preciso reacender o amor zeloso por Deus em toda a Nação, cuidando de respeitar Seu Nome por nossa boca e pôr Sua Morada no coração.
Maceió, 08 de outubro de 2019.
Alisson Francisco Rodrigues Barreto1
1Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo, bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), autor do livro “Pensando com Poesia” e do blog “A Palavra em palavras”. Este, desde 2011, na Tribuna (TribuaHoje.com).
Alisson Barreto
Sobre
Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo (Seminário Arquidiocesano de Maceió), bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado em Direito Processual (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), com passagens pelos cursos de Engenharia Civil (Universidade Federal de Alagoas) e Teologia (Seminário Arquidiocesano de Maceió). Autor do livro “Pensando com Poesia”, escritor na Tribuna com o blog “Alisson Barreto” (outrora chamado de “A Palavra em palavras”), desde 2011. O autor, que é um agente público, também apresenta alguns dos seus poemas, textos e reflexões, bem como, orações no canal Alisson Barreto, no Youtube, a partir do qual insere seus vídeos aqui no blog.