Alisson Barreto
Grupo ou equipe: o que me motiva?
Grupo ou equipe: o que me motiva?
Por Alisson Barreto
Publicado em 23/7/2019
Participar de algo onde há várias pessoas faz parte da vida humana, realizando o ser humano em seu aspecto social. Entretanto, diante disso, os porquês de participação são diferenciadores. Olhe para si e questione-se: estou porque tenho a ganhar ou porque podemos fazer algo junto?
Mais que onde está é o porquê de estar.
O que o motiva
É o receber ou o proporcionar?
Será que nossos perfis nos fazem mais participantes de grupos ou de equipes? Mas para responder a essa pergunta é preciso saber diferençar grupo de equipe. Mas… Que é um grupo se não um agrupamento continuado? Até aí, tudo bem, mas por que fazer parte de uma equipe poderia ser algo bom ou um diferencial em minha própria vida? É preciso indagar-se.
Que busco onde busco não seja falso. Que faço
em meus passos? O que faço com meu andar?
Por que estou a buscar?
A participação em um grupo pode proporcionar alguns benefícios diretos ou indiretos. Dentre os quais se pode citar: segurança, proteção, status, elevação da autoestima, poder, compartilhamento, divulgação, autopromoção, promoção de algo etc.. Em sentido restrito, um grupo nada mais é do que um instrumento à realização de necessidades ou anseios (pessoais) dos seus membros.
Num grupo, seus membros ficam a perguntar
o que podem, participando, lucrar? E não precisa ser dinheiro.
Mas ficam enquanto creem ter a ganhar.
Nas equipes, por sua vez, a realização dos anseios e benefícios se dão não por motivos egoísticos, mas por senso de unidade. Numa verdadeira equipe, os participantes não escolhem participar tendo por primeiro seu benefício próprio e depois, se der, o do grupo; buscam o benefício de todos e por reflexo os próprios. Numa verdadeira equipe, (1) os membros não escolhem participar visando a alcançar cargos ou coordenações, mas a contribuir para o êxito coletivo; (2) os indivíduos não são classificados em úteis ou descartáveis, mas membros pró-ativos que se ajudam mutuamente e – na soma dos dons, habilidades, valores e técnicas – alcançam as metas e objetivos comuns da equipe.
Na equipe é diferente, é corpo e mente a buscar.
Aqui se é mais gente.
Gente, humana, a realizar!
Não basta pertencer e usufruir, é fundamental contribuir e realizar. O anseio do ser humano é superar-se e alcançar mais. Pertencer e usufruir é anseio pequeno e mesquinho, muito inferior à grandiosidade da autossuperação que leva a superar os limites de si para além dos limites egoísticos. A suposta saída da zona de conforto para realizar o egoísmo é uma falsa saída, é uma redução a si mesmo. O homem é mais humano, realiza melhor sua natureza, quando ele realiza seu anseio sobrenatural de ir ao encontro do outro e respirar o que lhe transcende.
Há no coração um anseio pela superação.
Feliz é quem realiza indo ao encontro do outro.
Este sabe responder ao seu coração!
Não basta agrupar-se. É preciso ir além! Todos têm algo a contribuir. Mas ainda são pouquíssimos os que são capazes de enxergar.
Uma boa semana a todos!
Paz e Bem!
Maceió, 23 de julho de 2019.
Alisson Francisco Rodrigues Barreto1
1 Poeta, filósofo; bacharel em Direito, pós-graduado. Autor do blog “A Palavra em palavras”, em TribunaHoje.com, desde 2011. @alissonbarreto1 (LinkedIn, Twitter e Instagram)
Alisson Barreto
Sobre
Alisson Francisco Rodrigues Barreto é poeta, filósofo (Seminário Arquidiocesano de Maceió), bacharel em Direito (Universidade Federal de Alagoas), pós-graduado em Direito Processual (Escola Superior de Magistratura de Alagoas), com passagens pelos cursos de Engenharia Civil (Universidade Federal de Alagoas) e Teologia (Seminário Arquidiocesano de Maceió). Autor do livro “Pensando com Poesia”, escritor na Tribuna com o blog “Alisson Barreto” (outrora chamado de “A Palavra em palavras”), desde 2011. O autor, que é um agente público, também apresenta alguns dos seus poemas, textos e reflexões, bem como, orações no canal Alisson Barreto, no Youtube, a partir do qual insere seus vídeos aqui no blog.