A Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) participou da audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Arapiraca sobre o esquema que envolve ‘faculdades fantasmas’ e diplomas sem validade, fraude que prejudicou cerca de 20 mil pessoas somente em território estadual.
Citada em processo aberto pelo Ministério Público Federal no Rio do Grande do Sul, a Uneal é tão vítima quanto os estudantes lesados no chamado ‘golpe do diploma’. A condição da instituição de ensino foi esclarecida pelo reitor Odilon Máximo durante o debate realizado na noite de terça-feira, 21. (Com Fernando Vinicius).
Sem recursos
Ele explicou que a Uneal não tem estrutura e nem recursos para realizar a fiscalização sobre informações passadas por faculdades que recorrem ao serviço de validação dos diplomas ofertado pela universidade alagoana. O controle dos dados deveria ser feito pelo Ministério da Educação (MEC), por dispor de estrutura, verba e capilaridade, conforme análise do reitor.
Resolução falha
Além disso, Odilon Máximo aponta falhas na legislação do MEC sobre o registro de diplomas, inclusive em nova resolução baixada no final do ano passado. E foi justamente nesse aspecto legal que a Uneal agiu, inovando e estabelecendo critérios mais rígidos do que os utilizados pelo MEC, conforme ressaltou em seu discurso.
Censo da educação
“Estamos exigindo agora das universidades que entreguem o censo da educação, informar quais são os alunos que ingressam na instituição por meio de vestibular”, disse o reitor sobre a exigência que permite o acompanhamento de toda a vida acadêmica do estudante.
Medida aprovada
A medida aprovada pelo conselho da Uneal, é fundamentada em obrigatoriedade legal exigida pelo MEC – informar dados da instituição em censo anual – também serve para coibir a ‘compra do diploma’, frisou Odilon, sobre o comércio praticado por instituições sem compromisso social.
Desvios de recursos
O Núcleo de Combate à Corrupção (NCC) do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas denunciou o ex-prefeito do município de Roteiro, Fábio César Jatobá, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, em razão do desvio de mais de R$ 180 mil de uma conta pública municipal que recebia recursos federais, nos anos de 2011 e 2012.
Mesmo crime
Além de Fábio Jatobá, os representantes do NCC em Alagoas denunciaram também João Luiz César Jatobá, primo do ex-prefeito, pelo crime de lavagem de dinheiro de valor superior a R$ 59 mil.
A partir das informações colhidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o MPF/AL obteve junto à instituição bancária das contas do prefeito e da Prefeitura Municipal, provas de irregularidades financeiras em movimentações, nos anos de 2011 e 2012.
Conta pública
A conta pública municipal era destinatária de recursos federais provenientes do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS) do Ministério da Saúde.
Servidores “laranjas”
Próprio favorecido – As investigações levaram a documentos bancários que provam que Fábio Jatobá valia-se de servidores municipais – “laranjas” – para desviar para si próprios valores da conta do município. Foram identificadas 10 operações com as mesmas características.
... Neste domingo, 26, no Levinos Hall, às 20h, Arapiraca receberá Bráulio Bessa, o primeiro escritor de literatura de cordel a chegar ao topo da lista de livros mais vendidos do Brasil pelo Jornal O Globo, Revista Veja e Amazon.
... Bráulio Bessa apresenta uma palestra/espetáculo e contará a história inspiradora do matuto sonhador do interior do Ceará que, sem precisar abandonar o sertão, criou o maior movimento virtual de divulgação da cultura nordestina no planeta e se tornou um dos mais importantes empreendedores sociais do país.
... Uma palestra repleta de elementos como poesia de cordel, causos da sabedoria popular, humor e, principalmente, a mais pura gaiatice cearense, tudo isso interligado à motivação, empreendedorismo e ao instinto batalhador e sonhador contido em cada um de nós. Nosso poeta e empreendedor mostra que sim: “a cabeça é chata. A palestra, não”!
Roberto Baia
Sobre
Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas. É editor do Jornal de Arapiraca e colunista da Tribuna Independente e semanário Extra.