A morte de um parente causa dor para qualquer família, mas algumas pessoas se aproveitam do momento para se beneficiar. Dados do INSS apontam que os alagoanos demoram até 20 dias para comunicar o falecimento nos cartórios de Registro Civil para continuar recebendo os benefícios do defunto.
O procurador federal e coordenador de assuntos estratégicos da PFE/INSS, Rodrigo Bezerra Dowsley, esteve em Alagoas e comentou sobre esses números. Atualmente o INSS tem 35 milhões de beneficiários em todo o país. “Temos em dificuldade em saber se a pessoa morreu e acabam ocorrendo pagamentos indevidos”. (Com Marcos Filipe).
Saque do benefício
Desde 2015, os números de nascimentos e óbitos no Estado são monitorados, e foram registrados mais de 65 mil óbitos em Alagoas. “Entre esses não sabemos deve ter tido irregularidades no saque do benefício”, afirmou o procurador..
Estelionato previdenciário
O projeto que será implantado em Alagoas teve como piloto Pernambuco. Com a suspensão do pagamento indevido de benefícios após o óbito do beneficiário, houve uma economia de R$ 3 milhões, somente em novembro de 2018. A estimativa é de que durante este ano, o estado vizinho economize até 80% dos cofres públicos.
“Nosso principal objetivo é evitar que ocorram crimes de estelionato previdenciário”, disse Rodrigo Bezerra.
Registro de óbito
O procurador também disse que é comum, principalmente nas cidades de interior, as condições dos cemitérios faz com que a Certidão de Óbito não seja pedida na hora do sepultamento, e por isso os parentes conseguem comunicar o falecimento depois do enterro.
O caso chamou a atenção do corregedor-geral de Justiça, Fernando Tourinho. “Se estão enterrando pessoas sem a certeza do registro de óbito, é motivo de preocupação para a Corregedoria, então nós vamos conversar com a AMA ou com os prefeitos, para que possamos encontrar mecanismos para minimizar esses problemas”.
Golpe do diploma
Do jornalista Fernando Vinicius - Uma mãe de família passou quatro anos pagando por um curso cujo diploma não lhe assegura o exercício da profissão que escolheu. O drama de Suzete Granjeiro é o mesmo de mais de 20 mil alagoanos, todos lesados por instituições de ensino superior que continuam enganando pessoas, apesar da gravidade do problema que tem alcance nacional.
Vítimas do esquema
“Não deixem que isso continue acontecendo”, pediu Suzete durante sessão especial realizada na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) na sexta-feira, 22. O debate promovido pelo deputado Marcelo Beltrão (MDB) abriu espaço para vítimas do esquema amparado em propaganda enganosa, parceria entre faculdades e omissão do Estado.
Sonho frustrado
“Me formar sempre foi um sonho e ainda é. Mas, agora é um sonho frustrado. Hoje eu poderia estar formada, participando de concursos e aceitando ofertas de empregos que já recebi, mas não posso”, lamentou Suzete a aluna que reside em São Sebastião, município localizado na região Agreste, e que cursou – em vão – Serviço Social na cidade de Penedo de 2014 a 2017.Nesse mesmo período, o então deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) ouviu relato semelhante em Maragogi. No 2º polo turístico de Alagoas, ele foi procurado por estudantes que frequentaram curso EAD (Ensino À Distância) e receberam diploma de faculdade sediada no Rio Grande do Sul, estado onde nunca estiveram.
Prejuízos
Os prejuízos causados para milhares de pessoas e o que se deve fazer para acabar com o golpe que continua a ser aplicado, por mais absurdo que pareça, foi tema de audiência pública realizada ontem (terça-feira, 26) em Brasília, na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização, Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) presidida pelo senador Rodrigo Cunha.
Palestra no Regional
Na tarde de quinta-feira (28), no Hospital Regional de Arapiraca, aconteceu a 1ª Reunião Científica sobre Gerenciamento e Conservação de Sangue do Paciente.
Com palestras abordando opções terapêuticas e aspectos éticos e jurídicos relacionados às transfusões, o público presente teve a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre testemunhas de Jeová e o tabu da rejeição de transfusão sanguínea, por exemplo.
Público-alvo
Para o diretor médico do Regional, Ulisses Pereira, foi uma grande oportunidade para os profissionais da saúde.
“O tema é de total interesse do público-alvo. Médicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e outros profissionais da saúde podem enriquecer seu conhecimento através de técnicas clínicas e tratamentos a posição ética e religiosa sobre o tema”, concluiu.
... Metáfora como ferramenta para escrita criativa”, esse é o tema do curso que a Casa da Cultura de Arapiraca vai ofertar nos dias 11 e 12 de abril. A oficina, ministrada pela escritora Marta Eugênia, acontecerá das 14 às 17 horas e está aberta para interessados maiores de 18 anos.
... O curso de escrita criativa abordará vários gêneros textuais como conto, crônica, poética, entre outros. Os primeiros exercícios vão estar na predominância do texto que o aluno tem mais afinidade, visando estimular o processo criativo na escrita.
... “A ideia do curso é promover aos arapiraquenses dicas e orientações para escrever melhor e a quem tem dificuldade também na compreensão. Além do curso de escrita criativa, vamos oferecer também um curso de leitura, compreensão de texto com apoio gramatical e enfoque nos gêneros textuais com base para concursos no início do mês”, destacou Marta Eugênia.
Roberto Baia
Sobre
Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas. É editor do Jornal de Arapiraca e colunista da Tribuna Independente e semanário Extra.