Do grego má estrela pode ser natural e tecnológico. O desastre não é natural. É essencialmente social. A natureza quase sempre vem buscar o que é ou foi seu.
Anualmente vemos ou ouvimos fatos como o da Barra Nova ou da Barra de Santo Antônio. A água vem buscar o seu espaço que foi tirado pelo ser humano. Aquele ser humano que devia preservar pela natureza faz o inverso. Destrói a natureza. Aterra, constrói e toma os espaços que no caso, a água possuía.
No desenvolvimento das tecnologias temos muitas agressões ao meio ambiente, à natureza pela ganância do ser humano de ganhar mais e ser maior e superior à mesma.
Na mineração estamos vendo o segundo desastre tecnológico em pouco tempo.
As causas são sempre as mesmas, porém os culpados não são condenados duramente para que os outros vejam o resultado e não produzam mais agressões.
Mariana não foi suficiente e ainda não foi resolvido e solucionado. Veio Brumadinho e pelo andar da carruagem parece que irá tomar outro rumo. Rumo no sentido de correção das grandes distorções como também na punição severa dos envolvidos e responsáveis pelo acontecido.
É hora de o Brasil limpar de uma vez por todas os dirigentes de empresas que se acham e pensam que o povo é bobo e está de costas. Os representantes da sociedade civil organizada não apareceram: OAB, direitos humanos, feministas, jornalistas em geral parecem que todos foram de Vale abaixo com o rejeito que vazou.
Sérgio Toledo
Sobre
Médico ortopedista e do esporte. Pioneiro no alongamento ósseo, transplante de tendões e neurorrafia, como também no tratamento por ondas de choque.
Formado em 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco, hoje UPE.
Pós graduação no IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Concursado do antigo INAMPS, hoje Ministério da Saúde, já estando aposentado. Atendeu por muito tempo no PAM Salgadinho.